Brumadinho – A construção da ponte metálica que promete restabelecer o caminho devastado pela lama da Vale na rodovia que liga Brumadinho aos distritos de Córrego do Feijão, Casa Branca e Piedade do Paraopeba não é a única solução necessária para retomar os caminhos normais que eram usados pela população da cidade da Grande BH e seus vilarejos. Mesmo com a instalação da ponte na rodovia em Alberto Flores, moradores do Córrego do Feijão ainda terão que dar uma volta por Casa Branca e Piedade do Paraopeba antes de chegar em Brumadinho se não quiserem transitar uma área. A ligação direta com Córrego do Feijão ainda depende de licenciamento ambiental. Por enquanto, a Vale abriu uma passagem provisória por dentro da Mina da Jangada, mas esse caminho deverá ser fechado novamente quando a ponte metálica estiver liberada.
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DESVIO A Vale prometeu a ponte em Alberto Flores no prazo de três semanas. Esse acesso vai permitir, segundo o coordenador da Defesa Civil de Brumadinho, Lucas Lara, que os motoristas deixem a sede do município para ir para Piedade do Paraopeba, Aranha, Casa Branca e Córrego do Feijão em um trajeto entre 45 e 50 quilômetros.
Como paliativo para evitar os transtornos, a Vale liberou desde a última quinta-feira o trânsito pela Minas da Jangada para evitar a volta de quem vive no Córrego do Feijão. “A decisão para autorização do acesso foi tomada em conjunto com a Defesa Civil, responsável atualmente pela gestão da área. Foram feitas alterações na via para a segurança dos condutores. O trajeto vai facilitar o acesso de comunidades rurais ao centro da cidade, até que a obra da ponte para restauração do trânsito na Avenida Alberto Flores seja concluída no prazo de aproximadamente três semanas”, informou a empresa por meio de nota.
A Vale também disse que tem feito trabalhos de melhorias e manutenção nas estradas de Córrego do Feijão para Cantagalo, de Cantagalo para Melo Franco e de Casa Branca para Mina de Jangada.