As equipes do Corpo de Bombeiros que atuam na busca às vítimas do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho, na Grande BH, tiveram que restringir os trabalhos a outras áreas no início da manhã desta segunda-feira. Isso porque foi detectada uma movimentação do rejeito remanescente na estrutura destruída em 25 de janeiro.
“O radar de solo reportou movimentação do rejeito remanescente na B1, o que enseja a paralisação dos trabalhos na desmontagem da ITM”, explicou o tenente-coronel Anderson Passos. Ontem, eles começaram a ação de demolição da estrutura colapsada da instalação de tratamento de minério (ITM), o que permitiria a chegada a locais até então inacessíveis. “Por segurança das equipes, vamos remanejar para outras áreas”, informou, ressaltando que a lama só atingiria a área da ITM.
Os bombeiros vão lançaram observadores para informar eventuais descolamentos. “Até que seja possível dimensionar essa situação em razão da chuva de ontem, estamos decolando drone para observação visual. Buscas bastante restritas no momento”, informou Passos.
Por volta das 10h15, o tenente-coronel confirmou que a situação foi normalizada. “A equipe da geotecnia nos informou que a acomodação do rejeito foi constatada. Ou seja, as operações podem retomar com o mesmo nível que estavam anteriormente”, esclareceu. “Então, a região da ITM, que havia sido suprimida, será retomada, com operação de desmontagem e buscas em toda a área. Nós continuamos com o tempo instável, com possibilidade de chuva, pancadas isoladas e a visibilidade será alterada a cada momento”, pontuou.
No fim de semana, os militares conseguiram localizar dois corpos e três fragmentos. Até o momento foram confirmadas oficialmente 166 mortes em Brumadinho.