O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (18) a liberação de mais R$ 4 milhões para a cidade de Brumadinho e a região, afetada pelo rompimento de uma barragem da Vale que matou169 pessoas e deixou 141 desaparecidas, segundo dados contabilizados até o momento. De acordo com o ministro Henrique Mandetta, que assinou os documentos para os repasses na Cidade Administrativa, a pasta vai acompanhar por pelo menos cinco anos as consequências do desastre, com atenção especial para a saúde mental dos moradores.
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Questionado sobre o fato de ter se referido diversas vezes à situação de Brumadinho como um acidente, Mandetta disse que o termo o “adjetivo” não importa e que a preocupação é com os impactos sobre as vidas. “O nome que queira se dar, se tragédia, crime ou dolo cabe aos peritos judiciais, advogados e promotores”, afirmou.
Segundo Mandeta, o Ministério da Saúde vai monitorar a água, o solo e os lençóis freáticos de Brumadinho e região pelos próximos cinco anos, assim como a saúde mental das vítimas. Se necessário, esse suporte pode ser prorrogado.
Dos R$ 4 milhões que serão liberados, R$ 1,65 milhão será incorporado ao valor transferido anualmente para a região. Ainda segundo o Ministério da Saúde, as medidas vão ajudar 18 cidades afetadas, que abrigam um milhão de pessoas.
O prefeito de Brumadinho Avimar de Melo (PV), o Neném da Asa, disse que a cidade de 40 mil habitantes está acabada, já que 80% dos royalties da mineração que recebe são da Vale. Após os 20 meses que a mineradora vai pagar pela arrecadação perdida, segundo ele, não há alternativa para Brumadinho. Ele aproveitou a solenidade para pedir uma audiência com o governador Romeu Zema para tratar do assunto, já que, segundo o prefeito, “não teve jeito de Zema lhe dar uma atenção ainda”.