A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um jovem de 23 anos, suspeito de comercializar maconha, haxixe e drogas sintéticas em festas e boates de Belo Horizonte. De acordo com os investigadores, João Pedro Fernandes Torres, mais conhecido como Jota, é de uma família de classe média alta da capital. Ele já tinha sido preso por tráfico de drogas em 2016, mas foi autorizado pela Justiça a responder ao processo em liberdade .
Ainda segundo a corporação, João Pedro foi preso em seu apartamento no Bairro Prado, Região Oeste de BH. Investigado há quatro meses, a suspeita é de que ele tinha como clientes outros jovens da classe alta da capital. No momento da prisão, os policiais encontraram grande quantidade de drogas sintéticas, como LSD, ecstasy, ácido e MDMA, além de maconha e haxixe. As investigações apontam que as mercadorias ilícitas vinham do Rio de Janeiro.
"O tráfico de drogas praticado pelo investigado era diferenciado e tinha como público alvo a classe alta da capital, em razão dos tipos de drogas por ele comercializados, consideradas de alta qualidade, de difícil aquisição e de alto poder de entorpecimento, o que aumenta muito a dependência do usuário", ressaltou o chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), Júlio Wilke.
Os investigadores também descobriram que a maconha vendida pelo suspeito é adulterada geneticamente e produzida em estufa, o que aumentaria consideravelmente o preço cobrado pela droga. Além disso, as modificações potencializam a ação da substância no organismo.
De acordo com o delegado Daniel Araújo, que participou das investigações, João Pedro alega não se considerar traficante, já que não entende a venda dessas drogas como atividade criminosa.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
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