Moradores de São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima conhecido como Macacos, se reuniram na noite desta segunda-feira para discutir o futuro da região. O encontro contou com a presença de cerca de 400 pessoas, entre representantes da comunidade, Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e políticos. A mineradora Vale – responsável pela Barragem B3/B4, cujo risco subiu para o nível 2 no fim de semana e forçou a evacuação de 215 pessoas – e a Prefeitura de Nova Lima não participaram do evento, apesar de convidadas.
Segundo Alberto Rocha Torres, morador do condomínio Arvoredo, as autoridades orientaram a população no encontro. “Em primeiro lugar, eles pediram para não confiarmos no que a Vale fala, porque ela não vem conversar com a gente. Segundo é a gente não se dividir, para evitar acordos menores. Em terceiro lugar, disseram que precisamos de uma auditoria independente, feita por uma empresa sem ligação com a mineradora”, conta.
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Também representante do condomínio Arvoredo, Luiz Eduardo Costa lamenta a ausência da Vale e da prefeitura. “Infelizmente, não estavam presentes a Vale e a prefeitura. Há uma intensa revolta da população de Macacos. A sirene só serviu para colocar toda a região em pânico, São Sebastião das Águas Claras toda. No caso do Arvoredos, estamos seguros e não há qualquer problema. A lama chegaria ao Ribeirão Macacos, que passa nos fundos do nosso condomínio.
Alberto Torres acompanha o pensamento do vizinho. “O não vir é uma resposta. O silêncio é um posicionamento mais negativo que positivo. A gente entende que a prefeitura de Nova Lima depende da arrecadação dos impostos da Vale. Mas, eles (da prefeitura) são executivos de quem? Os executivos da Vale são outros”, cobra.
A reportagem fez contato com a Vale e com a prefeitura de Nova Lima por volta das 22h30, fora do horário comercial. Caso os questionamentos sejam respondidos, esta matéria será atualizada.