Cerca de 70 moradores e comerciantes de São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima conhecido como Macacos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fazem uma manifestação contra a situação vivida pela população local desde o último sábado, quando houve a necessidade de evacuação de pessoas de suas casas pelo risco de rompimento da barragem B3/B4, da mineradora Vale. Os manifestantes ocupam, na manhã desta quarta-feira, a portaria da Mina Mar Azul, da Vale, e exigem que a empresa tome medidas para resolver a falta de segurança do reservatório de rejeitos e permita o retorno de quem está fora de casa.
A arquiteta Vera Lúcia Rodrigues, de 32 anos, é uma das pessoas que participa do protesto e pede uma ação da mineradora para tornar a escola e a creche mais seguras. “Não queremos que nossos filhos corram riscos e precisamos também da Prefeitura de Nova Lima para nos dar apoio, o que não está acontecendo”, diz ela.
A professora Vânia Grigorio, de 44 anos, diz que não existe treinamento de evacuação em caso de rompimento e que a escola precisa mudar de local. “Precisamos que a Vale nos dê garantias de segurança e explicações”, afirma. O comerciante Weder Vilela, de 45, questiona a empresa sobre o clima de angústia e desespero que tomou conta de Macacos. “As crianças estão assustadas, a sirene deixou todo mundo apavorado. Queremos saber até quando vai durar essa situação”, diz ele.
Os manifestantes chamam a Vale de assassina e carregam cartazes com dizeres diversos contra a empresa. Um ônibus com funcionários da empresa foi impedido de passar e os trabalhadores aguardam dentro do coletivo.
Durante o protesto na porta da Mina Mar Azul, dois representantes da Prefeitura de Nova Lima chegaram para dialogar com os manifestantes. A secretária de Educação da cidade, Viviane Matos, e o coordenador da Defesa Civil municipal, Marcelo Santana. A secretária de Educação disse que recebeu dos técnicos da prefeitura a informação de que a Escola Municipal Rubem Costa não está na mancha de inundação da barragem B3/B4 e por isso as crianças estão seguras. Porém, ela ouviu de mães de alunos que a comunidade está preocupada também com outras barragens que poderiam impactar a escola e por isso as famílias não se sentem tranquilas e querem a mudança de local das aulas, em caráter provisório.
A secretária respondeu que se a comunidade não abrir mão da transferência, essa medida pode ser estudada, mas depende de um planejamento sem prazo definido. “A gente pode daqui pegar uma comissão de moradores para reunir e resolver com a comunidade da melhor forma possível para garantir o direito das crianças, mas desde que seja com segurança”, diz a secretária.
Mães e pais de alunos também disseram que os caminhos usados pelas crianças incluem passagens em áreas de risco, o que justifica o temor. Sobre essa situação, o coordenador da Defesa Civil de Nova Lima disse que existe um esquema de monitoramento do tráfego, a partir de pontos de bloqueio, com condições de acompanhar os deslocamentos nas áreas mais críticas e evacuar os veículos em caso de rompimento de barragem.
Durante o protesto na porta da Mina Mar Azul, dois representantes da Prefeitura de Nova Lima chegaram para dialogar com os manifestantes. A secretária de Educação da cidade, Viviane Matos, e o coordenador da Defesa Civil municipal, Marcelo Santana. A secretária de Educação disse que recebeu dos técnicos da prefeitura a informação de que a Escola Municipal Rubem Costa não está na mancha de inundação da barragem B3/B4 e por isso as crianças estão seguras. Porém, ela ouviu de mães de alunos que a comunidade está preocupada também com outras barragens que poderiam impactar a escola e por isso as famílias não se sentem tranquilas e querem a mudança de local das aulas, em caráter provisório.
A secretária respondeu que se a comunidade não abrir mão da transferência, essa medida pode ser estudada, mas depende de um planejamento sem prazo definido. “A gente pode daqui pegar uma comissão de moradores para reunir e resolver com a comunidade da melhor forma possível para garantir o direito das crianças, mas desde que seja com segurança”, diz a secretária.
Mães e pais de alunos também disseram que os caminhos usados pelas crianças incluem passagens em áreas de risco, o que justifica o temor. Sobre essa situação, o coordenador da Defesa Civil de Nova Lima disse que existe um esquema de monitoramento do tráfego, a partir de pontos de bloqueio, com condições de acompanhar os deslocamentos nas áreas mais críticas e evacuar os veículos em caso de rompimento de barragem.
Por meio de nota enviada nesta manhã, a Vale disse que desde a evacuação dos imóveis da comunidade, a mineradora vem mantendo um diálogo "transparente e aberto" com representantes locais da região para esclarecer dúvidas e minimizar incertezas. "A empresa informa, ainda, que os moradores estão recebendo toda a assistência e apoio necessários até que a situação seja normalizada. A Vale colocou à sua disposição hospedagem, alimentação, transporte, medicamentos, vestuário, cesta básica, material escolar, além de uma equipe multidisciplinar formada por psicólogos, assistentes sociais e médicos", pontuou. (Com informações de Cristiane Silva)