Equipes do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) conseguiram colocar fim a mais um crime de sequestro de funcionários de bancos e familiares. Desta vez, o chamado “crime do sapatinho” aconteceu em Belo Horizonte. O gerente de uma agência do Banco do Brasil, no Bairro Guarani, na Região Norte, e parentes dele foram as vítimas dos criminosos. Eles acabaram resgatados e um dos suspeitos foi preso.
O gerente da agência foi rendido na noite de terça-feira quando chegava em casa. De lá foi levado à casa da namorada e dos pais dele, em Betim, na Grande BH. Todos foram rendidos junto com um amigo que se encontrava na residência. Os cinco foram levados para um cativeiro em uma vila de Justinópolis, Ribeirão das Neves, também na região metropolitana, de onde o gerente foi retirado na manhã desta quarta-feira e levado à agência.
Os suspeitos amarraram no corpo do homem equipamentos que simulavam explosivos e o obrigaram a vítima a entrar e “retirar todo o dinheiro”. Eles não contavam com a ação do serviço de segurança da agência que desconfiou e acionou as forças policiais.
De acordo com o delegado da Delegacia Estadual de Operações Especiais (Deoesp), Ramon Sandoli, a polícia foi acionada por volta das 10h10 e passou a fazer diligências. O setor antibombas do Bope da Polícia Militar (PM) foi acionado e constatou que não se tratava de explosivos, o que deixou os policiais civis livres para abordar o gerente e tentar identificar o cativeiro.
Por volta das 13h o cativeiro foi localizado e as quatro vítimas liberadas. Um homem armado de carabina calibre 22 foi preso enquanto tomava conta dos reféns. Trata-se de Rafael Silveira de Almeida, 38 anos, que havia saído da prisão, segundo o delegado, em 22 de dezembro, depois de cumprir pena por furto, roubo e lesões corporais. Nenhum refém ficou ferido e os assaltantes não levaram qualquer quantia em dinheiro.
Crime do sapatinho
Como o Estado de Minas mostrou no início deste ano, esta modalidade de crime vem aumentando. A extorsão mediante sequestro, onde o crime do sapatinho se enquadra, cresceu quase 36,2% em Minas na comparação entre 2017 e 2018. Os números disponibilizados no site da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que em 2017 foram 58 casos no estado, contra 79 de do ano passado.