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Estado de Minas

Itabirito e Rio Acima seriam atingidos em até 2h em caso de rompimento de barragens, alerta Defesa Civil

Mesmo com o alerta, o órgão ressalta que nenhum morador precisa deixar as cidades. Um plano de emergência está sendo elaborado onde serão definidos pontos seguros para a população


postado em 20/02/2019 19:12 / atualizado em 20/02/2019 19:30

Mapa divulgado pela Vale que mostra por onde a lama de rejeitos passaria(foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press)
Mapa divulgado pela Vale que mostra por onde a lama de rejeitos passaria (foto: Mateus Parreiras/EM/D.A.Press)

Cidades vizinhas a Nova Lima e Ouro Preto, onde estão situadas barragens da Vale que tiveram
alteração no fator de segurança, estão no caminho da lama de rejeitos em caso de rompimento das estruturas. De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, Itabirito e Rio Acima seriam atingidas em no máximo duas horas. Mesmo assim, o órgão afirma que não há necessidade de evacuação das cidades, pois um planto de emergência está sendo elaborado para determinar pontos seguros para a população.



Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o capitão Hebert Aquino da Defesa Civil Estadual, explicou a mudança do status de segurança nas barragens da Vale. “Como é de conhecimento de todos, a Vale fez mudança do nível de alerta de barragens da região, do  nível 1 para o nível 2, em estruturas em Ouro Preto e Nova Lima. Essa mudança de status culminou na necessidade de evacuar regiões, tanto em Ouro Preto, quanto em Nova Lima. Essa evacuação já foi concluída. Quem precisava sair de casa já foi retirado”, explicou.

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 125 pessoas começaram a ser evacuadas das casas a partir da manhã desta quarta-feira. Do total, 100 moradores, de 33 famílias, estão no município de Nova Lima e vivem da zona de autossalvamento relacionadas a uma barragem do complexo de vargem grande, da Vale. Outras 25 pessoas, segundo o órgão, são de oito famílias que estão morando na zona de autossalvamento relacionadas a barragens de Forquilha 1, Forquilha 2, Forquilha 3, e Grupo, todas da Mina Fábrica, em Ouro Preto. Essas pessoas começaram a ser evacuadas por meio de avisos da Vale. A prefeitura de Ouro Preto afirma que são 15 moradores que deixaram as residências.

De acordo com o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, a retirada dos moradores estão dentro da legislação. “A aceleração do processo de descomissionamento destas barragens motivou a elevação do fator de segurança de 1 para 2. Situação que pela legislação exige a evacuação das áreas de risco”, informou.

O capitão Aquino afirma que Itabirito e Rio Acima poderiam ser afetados em caso de rompimento das barragens. “No cenário de um possível rompimento, Itabirito seria atingido duas horas após o rompimento, e em Rio Acima, uma hora e dez. Essa informação é importante, pois, de maneira preventiva, está sendo elaborado um plano de evacuação de emergência para estas duas cidades, onde estão sendo definidos pontos seguros, e como a população será informada caso haja necessidade de uma evacuação daquelas pessoas que estão nas áreas que poderão ser atingidas. É importante frisar que ninguém, tanto em Rio Acima, quanto em Itabirito, precisam evacuar a cidade e sair das suas casas neste momento. Isso só irá acontecer em uma situação de rompimento real de uma barragem”, completou.

Itabirito


O  Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma ação civil pública na Justiça, devido ao risco de Itabirito se atingido. A promotoria fez um pedido de tutela de urgência contra a Vale para solicitar medidas urgentes e a elaboração de um plano de emergência em relação aos  reservatórios Forquilha 1, Forquilha 2, e Forquilha 3. A promotoria alega que em caso de rompimento haverá inundação de parte de Itabirito. A chegada dos rejeitos  seria entre uma hora e meia e cinco horas, dependendo do bairro. Nesta quarta-feira, horas depois da Vale fazer a evacuação de moradores em Nova Lima e Ouro Preto, a Justiça acatou a solicitação do MPMG. A mineradora terá que criar rotas de fugas e fazer simulados com a população.


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