A onda de sequestro de funcionários de bancos e familiares, o chamado “crime do sapatinho”, chegou a Belo Horizonte. O gerente do Banco do Brasil no Bairro Guarani, na Região Norte, e parentes dele foram as vítimas dos criminosos. O bancário teve um simulacro de bomba amarrado ao corpo e foi obrigado a seguir até a agência para sacar dinheiro. Enquanto isso, a família foi mantida sob o poder da quadrilha. O crime foi frustrado pela ação de equipes do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), que conseguiram colocar fim ao sequestro. Um dos suspeitos foi preso. O crime do sapatinho se enquadra na modalidade de extorsão mediante sequestro, que cresceu quase 36,2% no estado na comparação entre 2017 e 2018.
Os números disponibilizados no site da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que, em 2017, foram 58 casos no estado, contra 79 de do ano passado. Somente em 2019, outros três casos foram registrados, em Serro, e Itaobim, no Alto Jequitinhonha, e Igaratinga, na Região Centro-Oeste.
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ONDA NO INTERIOR A ação de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime em Minas Gerais vem amedrontando funcionários de agências bancárias. Em 21 de janeiro, a violência foi registrada em Serro, no Alto Jequitinhonha. Dois gerentes do Banco Sicoob foram sequestrados, assim como parentes deles.
Em 14 de janeiro, um grupo de ao menos quatro pessoas sequestrou a tesoureira do Banco Sicoob localizado em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, e o marido dela. A bancária retirou uma quantia em dinheiro da agência e entregou aos criminosos. O marido dela acabou liberado, depois de ficar aproximadamente 17 horas sob o poder do bando. Ele e a mulher não sofrerem ferimentos.
Seis dias antes, o crime já tinha acontecido em Igaratinga, na Região Centro-Oeste. Criminosos sequestraram a família de um segurança de uma agência da instituição financeira Sicoob Ascicred. O funcionário fez um saque na agência e entregou a quadrilha, que conseguiu fugir. Parentes do homem foram soltos depois de aproximadamente 15 horas sob o poder dos bandidos. Dois suspeitos foram presos no mesmo dia em Betim, na Grande BH.