A polícia vai investigar as circunstâncias da morte de uma jovem de 18 anos na noite dessa quarta-feira no Bairro Jardim Felicidade, Região Norte de Belo Horizonte. Ela foi atingida por um tiro na cabeça quando estava no quarto com o namorado, que também tem 18, e irmão dela, de 15. Ambos dizem que o disparo foi acidental, mas as versões são diferentes. A origem da arma também é apurada. Um tio dos adolescentes foi levado à delegacia.
Após receberem a denúncia da ocorrência, os policiais foram até o Hospital Risoleta Neves, para onde a jovem foi socorrida. Chegando lá eles souberam que a morte dela havia sido confirmada. O padrasto da vítima, que tem 32 anos, disse que estava no segundo andar da casa quando ouviu um estampido. Ele correu para o quarto da enteada e encontrou os outros dois rapazes tentando conter o sangramento na cabeça dela com uma toalha. O padrasto, então, colocou a jovem no carro e a levou a o hospital. No chão do quarto, ele encontrou um revólver calibre 38, que ele entregou aos policiais.
O namorado da vítima disse que estava assistindo a um filme com ela quando o cunhado chegou com um revólver na cintura. Ele tirou as munições e entregou a arma à irmã. A jovem, então, colocou uma das balas na arma, fechou e devolveu para o irmão. Nesse momento, o namorado disse que comentou “lembra da brincadeira da roleta-russa”. Foi quando o cunhado brincou a arma, levantou em direção à irmã e houve o disparo. O namorado da vítima disse que arma seria do tio dos irmãos, um vigilante de 32 anos.
Os militares foram atrás do adolescente de 15 anos, que deu uma versão diferente. Ele contou que quando percebeu que a irmã pegou a arma e colocou em posição de disparo, ele tentou tomar o revólver dela e o tiro ocorreu. A bala entrou pela parte da frente da cabeça e saiu pela nuca. Ele também disse que a arma pertence ao tio, que mora com eles há pouco tempo.
Durante a confecção da ocorrência, o tio dos jovens se apresentou espontaneamente na delegacia, confirmou que trabalha como vigilante, mas disse que a arma não é dele e que não sabe como eles conseguiram. No entanto, de acordo com a Polícia Militar (PM), uma mulher de 32 anos que também foi ouvida disse que a vítima foi à casa dela há duas semanas e contou que o tio estava com uma arma em cima do guarda-roupas. Na semana seguinte, ela teria questionado a garota sobre a arma, e ela respondeu que o tio teria tirado ela de lá. Diante disso, os envolvidos foram levados à Delegacia de Orientação e Proteção à Criança e Adolescente (Dopcad).
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