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Estado de Minas

Vistoria encontra anomalia em barragem de Araxá, terra de Zema

Apesar da constatação, moradores próximos às barragens não precisaram ser retirados de suas casas. A anomalia teria sido detectada após a ANM alterar as regras de segurança dos barramentos


postado em 22/02/2019 20:31 / atualizado em 23/02/2019 12:56

(foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Araxá)
(foto: Divulgação/Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Araxá)
 
Mais uma na lista. Após vistoria na Barragem B1/B4 do Complexo Mineroquímico de Araxá, no Alto Paranaíba, ficou constatado que a estrutura não está em condições estáveis. Apesar da constatação, até o momento, nenhum morador precisou ser retirado de sua casa. A represa é de responsabilidade da Mosaic Fertilizantes, mineradora dos Estados Unidos.

Na tarde desta sexta-feira, a Mosaic classificou o risco de rompimento como nível 1; a escala possui três estágios. O problema detectado envolve o excesso de água na estrutura. 

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, o primeiro estágio é acionado quando uma situação de anomalia é detectada.
 
(foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)
(foto: Reprodução/Corpo de Bombeiros)
Segundo o Corpo de Bombeiros, a lama demoraria cerca de 34 minutos para se espalhar pela Zona de Autossalvamento da barragem (mancha em vermelho). Está área está 10 quilômetros a jusante da represa. A mancha de inundação está em azul na imagem.  

Segundo a mineradora, em caso de rompimento da barragem, não há risco da lama atingir a zona urbana da cidade. As moradias da zona rural também estariam fora do alcance.  No entanto, a Mosaic informou que todos os moradores da zona rural foram alertados e cadastrados junto à mineradora. 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, trata-se de uma barragem construído no processo de linha de centro, tipo de alteamento considerado seguro pelos especialistas. No entanto, os últimos 10 metros da estrutura foram construídos a montante, mesmo tipo de alteamento utilizado na Barragem do Fundão, em Mariana, e na B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. 

Já segundo a mineradora, toda a estrutura é construída no alteamento de linha de centro, processo considerado mais seguro do que o a montante.

Ao todo, a Barragem B1/B4 tem capacidade de 24 milhões de metros cúbicos de rejeitos, quase o dobro de Brumadinho (12,7 milhões). De acordo com a Mosaic, os rejeitos acumulados na estrutura são da produção de fosfato e não têm contaminantes.

Por meio de nota, a Mosaic Fertilizantes informou que a elevação do risco de rompimento para nível 1 está relacionada às novas normas decretadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM). “Assim, a Mosaic declarou situação de emergência, classificada como nível 1 e, consequentemente, acionou o Plano de Ação Emergencial para Barragens de Mineração (PAEBM)”, completou.

A mineradora ainda informou que as operações na estrutura ficarão paralisadas até a próxima avaliação - a data não foi divulgada. “Todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para elevar a unidade aos novos padrões de segurança definidos pela ANM”, finalizou.

*Estagiário sob supervisão da redação do em.com.br



 


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