Um passeio de um grupo de estudantes no Pico do Itacolomi, na divisa dos municípios de Mariana e Ouro Preto, na Região Central de Minas, acabou em um resgate de alto risco pela Polícia Militar (PM). Quatro amigos ficaram perdidos numa trilha alternativa e foram salvos, na noite desta sexta-feira, pelo helicóptero da corporação. Para conseguir resgatá-los, a equipe precisou usar óculos de visão noturna.
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“Se não fosse assim, as vítimas iriam pernoitar na montanha, porque havia o risco de cair lá de cima, pois não dava para enxergar nada. E ainda teriam que torcer pra não chover. Eles poderiam ficar com hipotermia e até falecer”, alerta o militar. Eles resgataram primeiro duas pessoas e retornaram para buscar as outras duas.
Além de Naihara, estavam no passeio Leandro Moreira, de 23, Jéssica Miranda, de 26, e Tamires Assunção, de 24. Eles não estavam com equipamentos específicos para a prática esportiva e Leandro usava chinelo. Nahiara conta que começaram a trilha por volta das 6h da manhã da sexta-feira. Às 12h, alcançaram o pico, a 1.772 metros de altitude, e, no retorno, por volta das 13h30, optaram seguir por um caminho diferente.
“De cima do pico, tínhamos visto essa trilha e achamos que seria 'de boa'. Ficamos andando durante quatro horas e percebemos que estávamos indo para uma mata fechada. Quando vimos que estava escurecendo, ficamos desesperados porque não tínhamos agasalho nem nada e lá venta muito. Então decidi ligar para os Bombeiros”, conta Naihara.
O grupo, que havia levado sanduíches e frutas para a caminhada, começou a racionar o alimento quando viram que poderiam ser obrigados a passar noite na trilha. A água dos estudantes também acabou durante o dia. Segundo Nahiara, somente um deles já havia ido ao pico, mas que todos costumavam fazer caminhadas às cachoeiras da região.
“Agora, com esse acontecimento, vamos tomar muito mais cuidado e pensar muito bem antes de fazer a trilha”, diz. A ligação para os Bombeiros ocorreu perto da 18h e eles foram resgatados já depois das 20h. “Era um lugar que não tinha nenhum ponto de referência”, diz a estudante.