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Estado de Minas

Governo de Minas proíbe uso da água do Rio Paraopeba até Pompéu

Recomendação se motiva pelo aumento da turbidez da água, além da elevação da concentração de alguns metais pesados, como ferro, chumbo e mercúrio totais


postado em 24/02/2019 14:48

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 
Na véspera de completar um mês da tragédia do rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), o governo de Minas Gerais reiterou a proibição do uso da água do Rio Paraopeba até a cidade de Pompéu, na Região Central do estado. Não foi informado por quanto tempo valerá a determinação.

Em nota, divulgada pelas secretarias de Estado de Saúde (SES), Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o alerta é para evitar o uso em quaisquer circunstâncias. “A orientação de não se utilizar a água bruta do rio, sem tratamento, é válida para qualquer finalidade: humana, animal e atividades agrícolas.” 

A medida foi adotada após a detecção de metais em níveis acima do permitido pela legislação ambiental e de avaliação da Secretaria de Saúde de Minas Gerais com base em requisitos de vigilância sanitária.
 
Segundo o informativo publicado na última sexta-feira (22), concluiu-se que "a elevação dos valores de turbidez, assim como de alguns metais como ferro, chumbo e mercúrio totais, num trecho de aproximadamente 250 km a jusante do rompimento, é consequência do carreamento de rejeitos provenientes da Barragem B1 devido a ocorrência de intensas chuvas dos últimos dias na região". 
 
Os demais parâmetros (cádmio total, cobre dissolvido, zinco total, níquel total, oxigênio dissolvido e pH in loco), conforme o documento, não apresentaram qualquer violação do padrão estabelecido pela legislação. 

Monitoramento

 
O monitoramento de qualidade da água é feito diariamente desde 26 de janeiro, um dia após o rompimento da Barragem B1. O trabalho é desenvolvido pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), em parceria com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Agência Nacional de Água (ANA) e Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Pelo último levantamento, divulgado há dois dias, 176 pessoas morreram na tragédia e há 134 desaparecidas. Nesta segunda-feira, a tragédia completa um mês.


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