O alerta contra a dengue já foi ligado em Minas Gerais. Mesmo assim, a situação segue crítica no estado. O número de casos prováveis da doença – que engloba os confirmados e suspeitos – somente nos primeiros 56 dias de 2019 já é maior do que registrado nos 12 meses de 2018, e 2017. As características da enfermidade mostram que este ano será com um grande aumento de casos, o que exige maiores esforços das autoridades e da população para eliminar os focos do Aedes aegypti. As mortes suspeitas da moléstia vêm aumentando a cada semana. Até esta segunda-feira, já são 11 óbitos de pessoas com os sintomas. Os casos estão sendo analisados. A chikungunya e a zika também apresentaram aumento.
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Mortes suspeitas por dengue quase dobram em uma semana em MinasEm 42 dias, Minas registra quatro mortes suspeitas por dengueMinas tem 10 mil casos prováveis de dengue a mais em janeiro de 2019 Em uma semana, casos prováveis de dengue crescem 160% em MinasMinas registra as duas primeiras mortes por dengue em 2019; uma na Grande BHDengue e consequências de rompimento de barragem colocam Minas em alertaMinas é o 5º estado em aumento do número de casos prováveis de dengue em 2019Ao comparar com os anos anteriores, podemos notar que há um grande aumento. Nos 12 meses de 2018, foram 30.022 casos prováveis registrados. Já em 2017, foram 25.933. Em 2016, o estado passou por sua pior epidemia da doença, tendo 519.050 notificações da enfermidade.
As mortes suspeitas vêm aumentando ao longo deste ano. Até esta segunda-feira, são 11 óbitos de pessoas que tiveram sintomas suspeitos da doença. Em sete dias, quatro pessoas perderam a vida por suspeita da moléstia. No ano passado, foram nove mortes confirmadas pela doença. Outras 14 ainda seguem em investigação.
Zika e chikungunya
Outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti também apresentam alta. Em relação à febre chikungunya, Minas Gerais registrou, neste ano, 509 casos prováveis da doença, sendo 14 gestantes entre os casos suspeitos. Três grávidas tiveram o resultado confirmado para a doença. Em 2018, foram 11.765 notificações e duas mortes confirmadas. Uma morte ainda está sendo investigada. Não tem registro de óbitos pela enfermidade em 2019.
No caso da zika, foram registrados 145 casos prováveis da doença neste ano. Entre eles, 36 gestantes. Uma grávida teve confirmada a doença. No ano passado, foram 176 casos prováveis da doença. .