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Estado de Minas

Justiça condena três pessoas por matar grávida e roubar bebê em Ituiutaba

Crime que assustou a população ocorreu em agosto de 2016. Mulher assistiu a filha ser retirada de sua barriga. Acusada afirmou que sofreu um aborto e precisava de um bebê para apresentar à família


postado em 25/02/2019 16:55 / atualizado em 25/02/2019 17:14

Corpo foi encontrado em uma lagoa de Ituiutaba(foto: Pontal em Foco/Divulgação)
Corpo foi encontrado em uma lagoa de Ituiutaba (foto: Pontal em Foco/Divulgação)

O crime que assustou a população em 2016 teve um desfecho na última sexta-feira. A justiça condenou três pessoas pelo homicídio de Greiciara Belo Oliveira, ocorrido em 19 de agosto de 2016, na zona rural de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Na época, a mulher estava grávida e teve o bebê retirado da sua barriga numa cirurgia improvisada e sem anestesia antes de ser morta.

O Ministério Público denunciou Shirley de Oliveira Benfica, de 33 anos; Jacira Santos de Oliveira, de 63; Michel Nogueira de Oliveira, de 29; e Luiz Felipe Morais, de 21. Segundo a denúncia, eles sequestraram Greiciara, a doparam e, “de forma violenta, extraíram o bebê de sua barriga”. Posteriormente, a vítima foi asfixiada. Depois da morte dela, colocaram uma pedra em seu ventre, enrolaram o corpo com tela de arame e o arremessaram no rio.

A intenção dos acusados era que a criança fosse entregue a Shirley para que ela a apresentasse como sua. Na época, ela afirmou que sofreu um aborto e precisava de um bebê para apresentar à família. Aos demais acusados foram oferecidas recompensas pela participação nos eventos.

Shirley foi condenada a 33 anos e 7 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e subtração de incapaz. Pelos mesmos crimes, Jacira foi condenada a 28 anos e 3 meses; e Michel, a 25 anos e 9 meses. Luiz Felipe Morais, conhecido como Bambi, foi inocentado por ausência de provas de autoria.

Histórico
A denúncia foi recebida em setembro de 2016. A decisão de que os réus seriam julgados pelo júri popular é de março de 2017. Vários réus recorreram da sentença de pronúncia, mas o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou provimento aos pedidos. Houve ainda recurso especial, mas, em outubro de 2018, a sentença de pronúncia transitou em julgado. (Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais)


* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
 


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