As atividades da mineradora Vale vão continuar suspensas em 10 barragens de Minas. O Tribunal de Justiça do estado indeferiu pedido da empresa para retomar o expediente nas represas em 'severo risco de rompimento', todas inclusas em Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público estadual. Com isso, os seguintes barramentos continuam interditados: Vargem Grande, Capitão do Mato, Dique B e Taquaras, em Nova Lima; Menezes 2, em Brumadinho; Laranjeiras e Sul Superior, em Barão de Cocais; e Forquilha 1, 2 e 3, em Ouro Preto. Em nota, a Vale disse que não vai comentar a decisão da Justiça.
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No caso da Barragem Laranjeiras (5,8 milhões de metros cúbicos de capacidade), em Barão de Cocais, na Região Central do estado, a inundação decorrente de uma eventual ruptura se estenderia por 183 quilômetros a jusante da estrutura, no Rio Piracicaba, próximo à afluência com o Rio Doce, passando pelos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Antônio Dias, Timóteo e Coronel Fabriciano.
Em Menezes 2 (290 mil m³), em Brumadinho, na Grande BH, o dano alcançaria 5,5 quilômetros a jusante da estrutura, no Ribeirão Ferro-Carvão, antes da confluência com o Rio Paraopeba, atingindo ocupações rurais e urbanas. Já em relação às barragens Capitão do Mato (2 milhões de m³) e Dique B (333 mil m³), a lama poderia alcançar 87 quilômetros, o que prejudicaria Nova Lima, Rio Acima, Raposos, Sabará, Belo Horizonte e Santa Luzia.
Quanto à Barragem Taquaras (950 mil m³), no distrito de Macacos, na Região Metropolitana de BH, a inundação percorreria 23 quilômetros, afetando o município de Nova Lima.