Um dos gerentes da Vale disse às autoridades que a diretoria executiva da mineradora sabia que havia "decréscimo no nível de segurança" na barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira pela colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo.
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Na semana passada, seis pessoas foram ouvidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os funcionários deixaram a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, e o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste da capital mineira, para prestarem os depoimentos.
Confira a íntegra da nota encaminhada pela Vale:
"A Diretoria Jurídica da Vale esclarece que não existe nos depoimentos dos gerentes da companhia nenhuma referência a “decréscimo de segurança” na Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nem declarações de que a Diretoria Executiva da empresa tivesse recebido informações sugerindo a existência de riscos iminentes na estrutura. Conforme já esclarecido para as autoridades, a chamada “zona de atenção” constante de relatórios técnicos não representa risco iminente de rompimento."
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