É a primeira vez que um depoimento aponta a responsabilidade para executivos da mineradora. O gerente teria questionado sobre o assunto com superiores.
A catástrofe de Brumadinho já matou pelo menos 179 pessoas. Outras 131 ainda estão desaparecidas. 102 corpos identificados são de funcionários da Vale, enquanto outros 77 pertencem à comunidade e/ou a empresas terceirizadas. Quanto aos desaparecidos, 29 são da Vale e outros 102 do outro grupo.
Na semana passada, seis pessoas foram ouvidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os funcionários deixaram a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, e o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, no Bairro Horto, na Região Leste da capital mineira, para prestarem os depoimentos. A investigação segue sendo feita pela Polícia Civil e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Confira a íntegra da nota encaminhada pela Vale:
"A Diretoria Jurídica da Vale esclarece que não existe nos depoimentos dos gerentes da companhia nenhuma referência a “decréscimo de segurança” na Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, nem declarações de que a Diretoria Executiva da empresa tivesse recebido informações sugerindo a existência de riscos iminentes na estrutura. Conforme já esclarecido para as autoridades, a chamada “zona de atenção” constante de relatórios técnicos não representa risco iminente de rompimento."