Os oito funcionários da Vale presos desde 15 de fevereiro foram soltos na noite desta quinta-feira. A liberação veio após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, nessa quarta-feira, considerou desnecessária a prisão dos acusados neste momento das investigações. Eles são acusados de negligenciar os riscos de rompimento da barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
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Como na decisão da Justiça de primeira instância o crime foi caracterizado como
homicídio qualificado, a prisão temporária dos funcionários seria de 30 dias, com possibilidade de renovação do prazo, em caso de autorização judicial.
STJ
Nessa quarta-feira, o ministro da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nefi Cordeiro,
aceitou o pedido de habeas corpus protocolado pela defesa dos funcionários da Vale.
Na decisão , o ministro considerou que a liberdade dos funcionários da mineradora não apresenta perigo para as investigações sobre a tragédia. O ministro observou que, quando os funcionários estavam em liberdade, não houve planejamento de fuga nem indicação de destruição de provas ou induzimento de testemunhas. “Não há risco concreto à investigação, não há risco concreto de reiteração, não há riscos ao processo”, concluiu.
Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - Foto:
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa