O presidente da Vale Fabio Schvartsman deve deixar o comando da mineradora em breve. O executivo deve entregar, ainda neste sábado (2), uma carta para comunicar o afastamento. A decisão foi do Conselho Administrativo da companhia e vem depois que as polícias Civil e Federal (PF) e os ministérios públicos Federal (MPF) e Estadual (MPMG) recomendaram a medida, também neste sábado. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.
Além de Schvartsman, outros três executivos foram afastados, segundo o jornal O Globo. Eles ficam proibidos de acessar prédios da Vale e dados referentes à mineradora. São eles: Peter Poppinga, diretor-executivo de Ferrosos e Carvão; Lucio Cavalli, diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão; e Silmar Silva, diretor de operações do Corredor Sudeste.
Em depoimento, Alexandre Campanha, um dos diretores da mineradora, afirmou que o alto escalão da Vale sabia das falhas apresentadas pela Barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão, que se rompeu Brumadinho. Segundo Campanha, o fator de segurança da represa (1,9) estava aquém do ideal (1,3).
Em resposta às declarações de Alexandre Campanha, a Vale informou, à época, que o nível 1,9, na verdade, estava acima do ideal, não o contrário.
A reportagem procurou a mineradora para se posicionar sobre a decisão do seu conselho, por volta das 19h20, e aguarda retorno.