A organização criminosa responsável por uma onda de violência e ataques a ônibus, que teria partido da facção paulista conhecida po agir nos presídios brasileiros, foi condenada pela Justiça. Foram sentenciados a penas que variam de 22 a 32 anos de prisão, em regime fechado, 25 membros da quadrilha. O julgamento aconteceu no fim de 2018 e contou com um forte esquema de segurança no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. A audiência durou três dias na 2ª Vara de Tóxicos e contou com um forte aparato policial. Aproximadamente 280 policiais trabalham na segurança do local e na escolta dos réus.
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Detentos são transferidos e plano de resgate de presos de facção paulista no Norte de Minas é frustradoEncerrado julgamento de facção criminosa que contou com forte aparato de segurançaJulgamento de membros de facção criminosa entra no 2º dia em BHMembros de facção criminosa são julgados em BH sob forte esquema de segurança Entrar em facção criminosa é certeza de reincidência em Minas GeraisPolícia Civil investiga suposta ameaça de ataques comandados por detentos em Minas Segurança volta a ser reforçada no Fórum Lafayette para julgamento de facçãoPolícia prende líderes de facção criminosa em Minas GeraisEm resposta, a administração do estado providenciou a transferência e o isolamento de presos. Uma série de matérias do Estado de Minas mostrou que os crimes teriam sido motivados pelo descontentamento dos presos com a rigidez do sistema carcerário mineiro, vingança por mortes de criminosos da facção e retaliação por prisões e apreensões de oportunistas não ligados ao crime organizado que estavam se aproveitando da situação.
O processo durou aproximadamente oito meses. A juíza responsável pelo caso decidiu pela condenação de 25 integrantes da facção. As penas variaram de 22 anos e oito meses a 32 anos e dois meses. Os condenados se encontram presos desde julho de 2018, em regime disciplinar diferenciado. A magistrada determinou a continuidade deste regime. Um dos integrantes acabou absolvido por falta de provas.
Na sentença, a juíza destacou a culpabilidade intensa nas condutas dos integrantes da facção, o seu desprezo e indiferença pelas instituições do Estado e as consequências “altamente prejudiciais” de suas atitudes, que difundem o medo na sociedade e lesam a propriedade pública.