A segunda-feira começou com trânsito lento em vias do Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. Bombeiros ainda trabalham no imóvel de uma empresa têxtil que pegou fogo na manhã de domingo e, em função disso, algumas faixas precisaram ser interditadas na Avenida Tereza Cristina e no Viaduto Itamar Franco.
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Bombeiros ficarão de prontidão para evitar retorno das chamas em empresa Incêndio de grandes proporções atinge empresa têxtil na Avenida Tereza CristinaIncêndio causa fumaça escura vista de vários pontos de BH Galpão de empresa que pegou fogo no Prado pode desabar Empresa que pegou fogo em BH não tinha auto de vistoria do Corpo de BombeirosIphan vistoria Igreja do Rosário após incêndio em Ouro PretoApós perseguição, homem é preso com carro clonado em BetimNesta manhã, ainda havia fumaça na loja da Ematex Têxtil. Às 17h de ontem, o Corpo de Bombeiros informou que o fogo estava completamente controlado, mas equipes continuaram no local de prontidão para evitar que as chamas retornassem.
Segundo funcionários, o imóvel, situado na Avenida Tereza Cristina, no Bairro Prado, Região Oeste de BH, funcionava com uma loja de tecidos no atacado, destinados à indústria da confecção. Há 17 anos, outro incêndio de grandes proporções destruiu o Canecão Mineiro, localizado a menos de 300 metros da Ematex, deixando sete mortos e 197 feridos. O Corpo de Bombeiros não informou se a edificação tem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
Nenhum funcionário da empresa ficou ferido. Porém, de acordo com a Polícia Militar (PM), enquanto bombeiros combatiam as chamas, uma parte do teto de um dos setores da loja chegou a desabar. Um grupo de pelo menos quatro bombeiros estava no local e um deles, que é sargento, foi encaminhado para o Hospital Vera Cruz, por causa de um problema no ombro em decorrência do desabamento.
De acordo com um dos funcionários do grupo Ematex, a fábrica onde os tecidos são produzidos fica em Ribeirão das Neves, na Grande BH. Ainda conforme o mesmo funcionário, por ser domingo, havia apenas um vigia no local, que teria acionado os bombeiros quando percebeu o fogo. A situação gerou uma corrida de funcionários tentando salvar todo tipo de documentos da área administrativa. A reportagem tentou contato com a empresa, mas ninguém quis falar oficialmente pela companhia.
O local do incêndio fica bem ao lado do pontilhão da linha férrea do metrô de Belo Horizonte, mas o transporte não precisou ser interrompido, apesar da fumaça e do calor.
FUMAÇA VISTA NA CIDADE A fumaça densa produzida pelo incêndio chamou a atenção de moradores de vários bairros de BH, inclusive distantes do ponto onde as chamas consumiam o imóvel. Imagens aéreas do Corpo de Bombeiros também deram a dimensão do incêndio, que se destacou de forma a ser visto em vários lugares. Quem passava pelo local do fato se assustou não só com as labaredas e a fumaça, mas também com o calor gerado nas imediações. “Nunca vi uma coisa dessas. As chamas transformaram a empresa em pó, não sobrou nada”, disse o ciclista Robert Nascimento, de 42 anos. Vários curiosos pararam para observar a evolução do incêndio, como o administrador Ricardo Noronha, de 51.
Memória
Sete mortos no Canecão
A menos de 300 metros da loja da Ematex, que foi completamente destruída pelas chamas, outro incêndio de grandes proporções deixou marcas na cidade de Belo Horizonte, há 17 anos. Em 24 de novembro de 2001, sete pessoas morreram e 197 ficaram feridas quando o fogo destruiu a casa de shows Canecão Mineiro, que ficava na Avenida Tereza Cristina, 179. O imóvel da Ematex destruído fica na mesma avenida, porém no número 445..