Empresas responsáveis por barragens de rejeitos que podem ameaçar o abastecimento de Belo Horizonte serão chamadas a fornecer os planos de emergência e informar a situação de segurança dessas estruturas. O pedido de informações será protocolado hoje, em requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito das Barragens, na Câmara da capital, informa o vereador Gabriel Azevedo (PHS). A CPI inicia seus trabalhos hoje e foi criada em 11 de fevereiro, após o rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana da capital, ter despejado 12 milhões de metros cúbicos (m3) de rejeitos de minério de ferro na bacia do Rio Paraopeba, onde se insere o sistema que é responsável pelo abastecimento de 30% da Grande BH, segundo a Copasa.
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Outras duas estruturas sem segurança atestada por um profissional de empresa especializada contratada para esse fim, segundo o ofício do CBH-Rio das Velhas, ficam em Itabirito e pertencem à Mineração Aredes Ltda. São elas a Barragem Minar (87 mil m3) e o Dique 02 (18 mil m3). Porém, na lista da Semad, essas duas estruturas já parecem com estabilidade garantida por um auditor.
A primeira reunião de trabalho da CPI das Barragens, instaurada pela Câmara de Belo Horizonte, está marcada para hoje, às 10 h, no Plenário Camil Caram. A CPI é presidida pelo vereador Edmar Branco, tendo como relator o vereador Irlan Mello. Entre os integrantes da comissão estão os vereadores Gabriel Azevedo, Bim da Ambulância, Bela Gonçalves, Wesley Auto Escola e Pedrão do Depósito. O principal objetivo da CPI é investigar as ameaças que as barragens de rejeito de minério existentes no entorno da capital representam para as fontes de captação de água que abastecem mais de 2,5 milhões de pessoas em Belo Horizonte.
“De imediato, queremos o plano de segurança dessas barragens que podem comprometer de forma decisiva o abastecimento da capital. A gente quer ouvir o Ministério Público do Meio Ambiente, para ter acesso a todas essas informações. O que me parece mais estarrecedor é que cidade não tem a real dimensão do risco que está correndo de ficar sem abastecimento. Acho importante que as pessoas participem e opinem”, disse o vereador Gabriel Azevedo..