A dengue segue matando em Minas Gerais. O estado confirmou as duas primeiras mortes da doença em 2019. As vítimas moravam em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A situação pode ser ainda pior. Ainda há 18 óbitos de pessoas que apresentaram sintomas da enfermidade. Esses casos estão sendo investigados. O número de casos prováveis, que engloba os confirmados e os suspeitos, já ultrapassa 44 mil. Valor superior ao registro nos últimos dois anos.
A situação vivida em Minas Gerais é de alerta contra a dengue. Em 2019, a doença segue a tendência de anos epidêmicos. Porém, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), “com menor intensidade que as duas últimas epidemias”. A cada três anos, a moléstia registra picos de contaminação. Em 2016, 519 mil casos prováveis foram registrados no estado. Três anos antes, foram 414 mil registros, e em 2010, 212 mil.
Neste ano, as contaminações só aumentam. Já são 44.230 casos prováveis registrados. O valor já é superior aos dois últimos anos. Nos doze meses de 2018 e 2017, foram notificados 30.022 e 25.933 casos, respectivamente.
De acordo com a SES/MG, 39 municípios apresentaram incidência muito alta de casos prováveis de dengue, 30 com incidência alta e 83 com média incidência. Outras 283 cidades estão com baixa incidência e 418 estão sem registro de casos prováveis.
Mortes
Minas Gerais registrou as duas primeiras mortes por dengue neste ano. Os óbitos foram registrados em moradores de Betim e Uberlândia. A SES ainda investiga outros 18 mortes. Exames estão sendo analisados. Em 2018, foram nove mortes confirmadas em moradores de Araújos, Arcos, Conceição do Pará, Contagem, Ituiutaba (dois), Lagoa da Prata, Moema e Uberaba. Ainda são apurados outros 14 óbitos.
Zika e chikungunya
Outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti também apresentam alta. Minas já registrou, neste ano, 640 casos prováveis de febre chikungunya. Entre eles, 18 gestantes, sendo três confirmações. Em 2018, foram 11.765 notificações e duas mortes confirmadas. Uma morte ainda está sendo investigada. Não tem registro de óbitos pela enfermidade em 2019.
No caso da zika, foram registrados 187 casos prováveis da doença neste ano. Entre eles, 46 gestantes. Três gestantes tiveram a confirmação da doença. No ano passado, foram 176 casos prováveis da doença.