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Estado de Minas

'Breaking Bad da vida real' é ouvido por juíza nesta terça-feira em BH

O estudante de química da UFMG é suspeito de fabricar drogas alucinógenas e comercializá-las pela internet


postado em 12/03/2019 18:23 / atualizado em 12/03/2019 20:29

Em fevereiro, Foram apreendidos cerca de R$ 400 mil em droga no apartamento do estudante (foto: Paulo Filgueiras/EM/ D.A Press)
Em fevereiro, Foram apreendidos cerca de R$ 400 mil em droga no apartamento do estudante (foto: Paulo Filgueiras/EM/ D.A Press)
A Juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, da 4ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte, ouviu, na tarde desta terça-feira, o estudante de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) acusado de produzir e vender drogas com alto poder alucinógeno. Conforme as investigações da Polícia Civil, Mateus Teixeira de Souza, de 30 anos, oferecia um cardápio diversificado via internet. Na época em que foi preso, ele chegou a ser comparado com o personagem Walter White da série Breaking Bad.

Na audiência realizada no Fórum Lafayette, o homem negou a acusação da Polícia Civil. À juíza ele alegou que a droga encontrada em seu apartamento era de consumo próprio. Segundo o acusado, as substâncias foram compradas por meio da Deep Web - zona da internet, onde usuários costumam debater temas de caráter ilegal e imoral. A plataforma não pode ser detectada facilmente.

No início de fevereiro, a Polícia Civil foi até o apartamento de Mateus, localizado no Bairro São Francisco, na Região da Pampulha, e apreendeu 200 unidades de ecstasy em comprimidos e em pó, além de metanfetamina, LSD, maconha e haxixe. Balanças com capacidade milimétrica também foram encontradas. Só nessa apreensão, os investigadores estimam ter retirado de circulação cerca de R$ 400 mil em drogas.

Ainda na audiência realizada nesta terça-feira, foram ouvidas, ao todo, oito testemunhas do caso; quatro da defesa e quatro de acusação. Entre os ouvidos, estão quatro policiais civis que participaram das investigações do caso e a mãe do acusado, utilizada pela defesa como informante.

Após ouvir os envolvidos, a juíza deve estabelecer um prazo para alegações finais das partes e, assim, condenar ou absolver Mateus. Caso seja condenado, ele pode recorrer à segunda instância. O acusado está preso desde o início de fevereiro, quando a operação foi deflagrada.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais 


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