A dengue assombra a população mineira há anos, mas medidas de prevenção parecem não surtir efeitos – ou estão sendo negligenciadas. Prova disso é que é o resultado do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Liraa), divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). O estudo mostra que 56,6% dos municípios estão em situação de risco ou em alerta para a possibilidade de surto. Entre eles, Belo Horizonte. Enquanto isso, os efeitos se espalham em ritmo acelerado. Duas mortes foram confirmadas, sendo um morador de Betim, na região metropolitana, e outro de Uberlândia, no Triângulo. Outros 18 óbitos de febre hemorrágica, critérios em que se enquadram os casos de dengue, seguem em investigação, sendo três na capital mineira.
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Minas registra as duas primeiras mortes por dengue em 2019; uma na Grande BHDengue e consequências de rompimento de barragem colocam Minas em alertaMinas é o 5º estado em aumento do número de casos prováveis de dengue em 2019Minas tem média de 1,3 mil casos prováveis de dengue por dia em 2019 e sete mortesRegistros de dengue em 2019 em Minas já superam os dois últimos anos juntosCasos de dengue aumentam mais de 700% em Minas Gerais Proximidade do período de frio liga alerta para circulação da Influenza em MinasSobe para cinco o número de mortes por dengue em Minas neste anoAcidentes causam morte e provocam lentidão nas BRs 262 e 381O levantamento de índice rápido foi realizado em janeiro.
Houve aumento considerável em relação ao último levantamento, de outubro. Na ocasião, dos 853 municípios mineiros, 819 enviaram informações ao governo.
Belo Horizonte está entre as cidades em situação de alerta. Foram registrados 472 casos de dengue. Três mortes por febre hemorrágica estão sendo investigadas. “Não podemos dizer ainda se é dengue, e se a pessoa contraiu a doença dentro do município”, comentou o subsecretário municipal de Promoção e Vigilância em Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta.
O Liraa em 2,6% indica que, de cada 100 imóveis, em quase três foram encontrados focos do mosquito Aedes aegypti. De acordo com Pimenta, o estudo serviu para nortear as ações no município.
“O resultado mostra uma fotografia em janeiro.
CONTROLE DOMÉSTICO Segundo o subsecretário, 81% dos criadouros estavam nas casas ou nos seus arredores. “Em linhas gerais, o criador mais frequente em janeiro foram os inservíveis, que são potes de iogurtes, copos descartáveis, embalagens, marmitex. Depois, foi o prato de vaso de planta, seguido dos recipientes domésticos, que são os regadores que ficam no quintal com água, panelinha usada como bebedor de animal, entre outros”, detalhou..