O jovem de 18 anos, morador de Minas Gerais, que utilizou o Facebook pessoal para apoiar o massacre em Suzano, no interior de São Paulo, que deixou 10 pessoas mortas na Escola Estadual Raul Brasil, e ameaçar fazer o mesmo em uma instituição de ensino da cidade onde mora, afirmou que as mensagens foram “brincadeiras”. Ele prestou depoimento na tarde desta quinta-feira. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado, e o rapaz liberado. O celular dele, que segundo a Polícia Militar (PM), possuía conversas com grupos de outros estados que também são favoráveis ao atentado, foi apreendido para ser periciado.
As mensagens postadas pelo jovem provocou medo em moradores de São Pedro do Avaí, distrito de Manhuaçu, na Região da Zona da Mata. O caso foi registrado na manhã desta quinta-feira. O jovem, J.R, utilizou as redes sociais para apoiar a chacina no interior de São Paulo. “Foi detectado que ele divulgou e tornou público no Facebook dele uma mensagem em relação aos fatos em São Paulo. Ele se manifestou favorável, apoiando a atitude dos cidadãos que cometeram o delito. Disse, ainda, que a ideia dele era fazer na escola que tem na cidade de São Pedro do Avaí, desprezando o distrito onde foi criado”, afirmou o tenente Cezário José de Araújo.
“Luto é meu p... eu devia ter feito isso na Ana Mendes tmb (sic)mas precisava ter um caminhão de munição para todo mundo que eu odeio lá, enfim, parabéns aos envolvidos”, disse. “To famoso no São Pedro de novo kkkkkkkk. F... esse lugar”, completou.
Assim que as mensagens foram vistas pelos moradores, várias famílias entraram em pânico. “A população ficou muito temerosa. Pais com medo de levar filhos na escola ligaram para a polícia. Por meio das redes sociais, em grupos de proteção que temos com os moradores, várias mensagens foram recebidas pedindo providência”, disse o tenente.
Os militares deslocaram para o distrito. Quando estavam em um estrada de chão, se depararam com o jovem em uma moto. Ele foi abordado, mas nada de ilícito foi encontrado. Porém, cometia uma infração de trânsito, pois estava pilotando o veículo sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Buscas também foram feitas na casa dele.
“Fomos recebido pelos pais dele, que são pessoas humildes. Ficaram até assustados com tudo. Fizemos uma revista no imóvel, autorizados por eles, e não encontramos nenhuma material ilícito que poderia causar algo futuramente. A Polícia Civil também compareceu e encontrou, no celular do jovem, mensagens dele com pessoas de outros lugares do país que são favoráveis e apoiam este tipo de crime”, explicou o tenente.