O governo do estado estuda a dispensa de vigilantes nas escolas públicas da rede estadual. É o que garante o Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, em nota divulgada nesta quinta-feira (14). Segundo a categoria, a situação nas instituições de ensino estaduais é preocupante diante da intenção do Poder Público.
“Lutaremos para barrar essa intenção do governo e evitar que tragédias como a de Suzano ocorram em Minas”, ressalta o sindicato no texto. Segundo a categoria, cerca de 600 seguranças estão espalhados pelas escolas do estado atualmente. O ideal, ainda conforme a organização, seria que o governo melhorasse a segurança nas escolas e outros locais públicos “com a contratação de mais profissionais de vigilância privada e a ampliação do efetivo da Polícia Militar”. A informação foi divulgada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo Estado de Minas.
Também na nota, o sindicato lamentou o massacre causado pelos jovens Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Para o sindicato, a “inexistência de vigilância patrimonial no local pode ter contribuído para agravar a situação”. A tragédia terminou com 10 mortos, entre eles os dois atiradores, cinco estudantes, um comerciante e duas funcionárias, inclusive a mineira e coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Vieira Umezo.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) afirmou que “está se esforçando para dar continuidade aos serviços de vigilância contratados para atuar em escolas estaduais”, apesar da crise financeira que Minas Gerais passa. A pasta defendeu que a Polícia Militar “realiza patrulhamento e rondas preventivas nas imediações das unidades de ensino”, com intuito de “reforçar a segurança de estudantes e servidores”.
A SEE/MG também reforçou que a Polícia Militar desempenha patrulhamentos escolares, com rondas frequentes, “a partir de cronogramas estrategicamente desenvolvidos pela corporação”. O trabalho também abrange escolas municipais e particulares. Além disso, a secretaria destacou que “mantém outros programas de enfrentamento à violência no ambiente escolar, que envolvem ações pedagógicas”.