Ao longo da mancha de inundação por onde passou a lama do rompimento da barragem da Vale em Córrego do Feijão, distrito de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que existia pela frente foi soterrado. Várias edificações foram riscadas do mapa, como o refeitório da Vale, que ficava dentro da mina e bem abaixo do reservatório, e lugares como a Pousada Nova Estância, local em que várias pessoas morreram, incluindo hóspedes, proprietários e funcionários. Porém, nas bordas da área de fluxo de rejeitos, onde a lama passou, mas não varreu completamente o que existia, ficaram os rastros da tragédia nas ruínas das estruturas originais, o que permite observar uma espécie de cápsula do tempo, que congelou o momento em que as rotinas foram interrompidas pela avalanche de 25 de janeiro.
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Pastas de documentos também foram remexidas, como uma que traz documentos referentes à “Inspetoria Córrego do Feijão”. Um quadro de aviso ficou solitário na parede de um dos cômodos, já que a edificação tinha outras dependências. Itens de uso pessoal de trabalhadores, como capacetes e botas foram deixadas no local, o que sugere uma evacuação rápida da estrutura quando a lama passou arrastando tudo pela frente.
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