Quase uma tonelada de fiação e cabeamento de cobre da rede de iluminação pública de Belo Horizonte foi apreendida e duas pessoas foram presas, na Região Noroeste da capital, acusadas de receptação do material. A ação é resultado da Operação Blecaute, desencadeada pela Polícia Civil em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em quatro estabelecimentos na área da Praça do Peixe e Avenida Pedro II, no Bairro Bonfim.
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Homem tenta roubar fiação, fica preso em bueiro e pede socorro a pedestresTrio suspeito de furtar fiação de cobre no Bairro Lagoinha é liberadoPolícia apreende 114 quilos de fios de cobre furtados de operadora de telefoniaPBH instala pedras sob viadutos para evitar fogueiras em pilaresDupla é presa furtando cabos na Pedro II; um tinha acabado de sair da cadeiaRotam apreende R$ 11 mil em notas falsas no Centro de BHO delegado José Luiz Quintão, da 3ª Delegacia Centro, informou que as investigações continuam, mirando em receptadores intermediários e finais. “Só existe quem furta, porque há quem compra o material ilegal”, disse. Segundo ele, quem furta, na maioria das vezes, são usuários de drogas, moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade social e econômica.
Os suspeitos foram enquadrados no crime de receptação qualificada de produtos de procedência ilícita no exercício de atividade comercial. O furto de cabeamentos traz transtorno direto à população, como a interrupção do serviço de energia. Além disso, vários semáforos na cidade estão com defeito por causa da subtração dos fios de cobre.
De acordo com a Cemig, desde dezembro do ano passado, a companhia registrou invasão e furtos em 41 câmeras subterrâneas.
Segundo o gerente de Manutenção da Distribuição Metropolitana da Cemig, Emmanuel José Bernardes, a empresa tem estudado formas para reduzir ou inibir a ação de vândalos. Pela primeira vez numa operação da polícia para o combate a esse tipo de crime, técnicos da companhia acompanharam os agentes para analisar a procedência dos 950 quilos de materiais apreendidos – muitos deles, reconhecidos como de uso exclusivo da rede de iluminação pública e outros pertencentes à Cemig, entre eles, conectores e cabeamento.
"Os furtos causam sérios problemas de interrupção nos centros comerciais e às pessoas que se aventuram a cometer o delito", disse. Ele conta que desde dezembro os casos se intensificaram. "Não sabemos se os furtos estão migrando de outras categorias para essa. Vamos continuar com a parceria com a polícia"