O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou em acordo com a mineradora Vale, na tarde desta terça-feira (19), para que a empresa realize várias ações referentes aos afetados pela elevação no risco de rompimento das barragens B3/B4, localizadas na Mina Mar Azul, em São Sebastião das Águas Claras, distrito mais conhecido como Macacos, em Nova Lima.
Após reunião, ficou decidido que a Vale deverá contratar uma auditoria independente para medir a exatidão da área de autossalvamento das barragens na região. Além disso, essa companhia terceirizada deverá avaliar a localização das residências das pessoas desalojadas e confirmar se essas casas estão ou não na zona de risco. Foi firmado, ainda na reunião, que os moradores afetados pela evacuação terão que acordar a escolha dessa consultoria.
Fixou-se também que os moradores – que não se sentem seguros, mas já voltaram para suas casas – poderão reivindicar à Vale o retorno para hotéis até que essa avaliação seja feita.
Além disso, foi firmado que a Vale deverá pagar R$ 1 mil para cada adulto desalojado e R$ 500 para crianças e adolescentes. A mineradora também terá que oferecer um kit de higiene no valor de R$ 150. O Ministério Público pediu para que a gigante do setor informe, em até 48 horas, a data que começará pagar essas quantias.
Por fim, foi estabelecido que a Vale deverá construir um novo prédio para a escola Escola Municipal Rubens Costa. Enquanto a estrutura não está pronta, a mineradora terá que bancar as atividades pedagógicas dos alunos da instituição. As aulas ocorrerão nas dependências da associação local e serão coordenadas pela Secretaria de Educação de Nova Lima.
*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas