Foi aprovado em 1º turno na Câmara Municipal de Belo Horizonte o projeto de lei que pretende criar um “botão do pânico” para ser usado nas escolas municipais em casos de urgência e emergência. Segundo a Casa, foram 27 votos a favor e cinco contra.
O PL 170/17 é do vereador Pedro Bueno (Pode). A ideia é que, ao ser acionado pela direção da escola, o botão dispare um alarme no Centro de Operação da Prefeitura (COP-BH) para que a Guarda Municipal vá até a instituição atender a ocorrência, seja de violência, desastre ou perigo iminente.
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Segundo ele, em situações como esta, até por conta do abalo emocional das vítimas, é mais fácil acionar um único botão ou tecla para pedir ajuda, garantindo também o atendimento rápido à demanda. “Toda escola tem um ramal telefônico. Já temos uma rede de informática estabelecida. Todos os ramais podem ser um botão do pânico. A Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte) pode transformar uma tecla para acionar o COP, que a partir da visão geoprocessada pode acionar a viatura mais próxima para atendimento imediato”, detalhou o vereador.
Hoje, Pedro Bueno está elaborando uma indicação parlamentar para que o governo também adote a medida nas escolas estaduais. O texto será encaminhado à Superintendência Regional de Ensino, Secretaria de Estado de Educação e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Caso nenhuma emenda seja apresentada, o projeto pode ser apreciado em 2º turno no Plenário ainda em abril, segundo a Câmara.
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