Ameaças supostamente feitas por um aluno reprovado no sistema de cotas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF). Em e-mails, o estudante afirmou que iria atirar em pessoas que fazem parte da comissão, formada por pessoas ligadas à comunidade acadêmica.
O grupo avalia o perfil de candidato que se inscreveu para ocupar a reserva de vagas que tem três modalidades: deficiência, socioeconômico e racial. A universidade informou que já identificou o IP da conexão de onde mensagens ameaçadoras foram enviadas e repassou a informação para a PF. Afirmou, ainda, que a rotina na UFMG não foi alterada.
De acordo com uma fonte da UFMG, que preferiu o anonimato, o autor das ameaças enviou cinco e-mails. Nas mensagens, afirmava que iria invadir a sala onde estavam os integrantes da comissão e atiraria nas pessoas. A informação circulou entre servidores, que ficaram amedrontados.
Por meio de nota, a UFMG confirmou as ameaças e a investigação, embora não tenha confirmado a vinculação com a banca de cotas raciais. “A UFMG recebeu mensagens em tom ameaçador, enviadas a uma caixa de correio eletrônico institucional por um usuário anônimo, supostamente não aprovado para ingresso em alguma modalidade de reserva de vaga”, diz o texto.
A instituição iniciou as apurações para tentar identificar o autor. “A universidade identificou o IP da conexão que foi utilizada para enviar as mensagens e acionou a Polícia Federal, a quem cabem as investigações. As matrículas ocorrem normalmente e não há qualquer alteração na rotina da universidade”, concluiu.