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Estado de Minas

Homem é condenado a 31 anos por estuprar e matar enteado em BH

Pela primeira vez desde a época do assassinato, o padrasto confessou a morte, mas negou o estupro. Mesmo assim, os indícios do abuso sexual presentes no processo fizeram o júri o condenar também por este delito


postado em 22/03/2019 13:48 / atualizado em 22/03/2019 13:52

Julgamento aconteceu nesta sexta-feira no Fórum Lafayette(foto: Marcelo Almeida/TJMG)
Julgamento aconteceu nesta sexta-feira no Fórum Lafayette (foto: Marcelo Almeida/TJMG)

Foi condenado a 31 anos de prisão, o homem que estuprou e matou o enteado em Belo Horizonte. O crime aconteceu  em setembro de 2016 no Bairro Goiânia, Região Nordeste da cidade. Pela primeira vez desde a época do assassinato, o padrasto confessou a morte, mas negou o estupro. Mesmo assim, os indícios do abuso sexual presentes no processo fizeram o júri o condenar também por este delito.

O julgamento durou pouco mais de três horas. O conselho de sentença foi formado por quatro mulheres e três homens. Durante a audiência, o réu foi ouvido. De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, ele admitiu que havia espancado o menino com chutes. Porém, negou que havia estuprado a criança.

Depois do interrogatório, houve o debate entre os representantes da defesa e de acusação. Em seguida, o conselho de sentença se reuniu e condenou o réu pelo dois crimes ao qual era acusado. Foram 20 anos de prisão pelo homicídio qualificado, e outros 11 anos de reclusão pelo estupro.

O assassinato aconteceu em setembro de 2016. Uma viatura da PM foi acionada por funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nordeste, no Bairro São Paulo, que desconfiaram que a criança tinha sofrido estupro. No local, o homem de 23 anos estava com a criança 5 de anos, alegando que ela havia sofrido uma parada cardíaca, após ter caído de uma escada em casa há dois dias.

Porém, quando a mãe da criança, de 33 anos, chegou na unidade, o homem mudou a versão e alegou que a queda teria acontecido há cerca de dez dias e que, naquele dia, a criança havia caído novamente no banheiro e bateu a cabeça. Com isso, ele deu Dipirona ao garoto que dormiu em seguida. Disse, também, que com a demora do menino em acordar e devido sua aparência pálida, chamou um táxi e o levou até a UPA.

Segundo a PM, a mãe do garoto é agente penitenciária. Ela contou que o homem estava desempregado e ficou responsável pelo menino e outras duas crianças de 10 e 11 anos, enquanto ela trabalhava. O homem chegou a afirmar que as outras crianças haviam visto a queda, mas elas negaram.
Os médicos constataram diversos hematomas em todo o corpo do menino, lesão no ânus e traumatismo craniano. As outras crianças passaram por exames que descartaram a possibilidade de violência sexual.


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