Jornal Estado de Minas

Treinamento em Barão de Cocais vai acontecer nesta segunda-feira

 

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec/MG) confirmou que vai organizar um treinamento com 6 mil moradores da Zona de Segurança Secundária (ZSS) de Barão Cocais nesta segunda-feira. O serviço será oferecido às 16h, segundo a Cedec, em sete pontos diferentes do colar geográfico logo após da Zona de Autossalvamento (ZAS).


Neste momento, a ZSS é a principal preocupação das autoridades em caso de rompimento da Barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, da Vale. Estão nela, os moradores dos bairros Centro, São Geraldo, São Benedito, Três Moinhos e Vila Regina.


Caso haja rompimento, haverá 1 hora e 12 minutos para retirada das 3 mil famílias da chamada zona secundária. "O plano está pronto e foi elaborado com Polícia Militar, bombeiros outras instituições", afirmou o tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil.


A definição da data, horário e dos pontos onde vão ocorrer o treinamento foi dada depois que os órgãos de segurança se reuniram na tarde deste sábado. Em nota, a Vale informou que o acionamento das sirenes nessa sexta, que elevaram o risco de rompimento para o nível 3 (situação iminente de vazamento), aconteceu depois que uma auditoria independente, contratada pela mineradora, apresentou uma divergência de dados nos dois sistemas de monitoramento da barragem.


Também na nota, a Vale informou que “continua adotando uma série de medidas preventivas para aumentar a condição de segurança de suas barragens”. Para tirar as dúvidas da população residente na ZSS, a mineradora pretende instalar um posto de informações na Secretaria Municipal de Educação de Barão de Cocais.


A Barragem Sul Superior é uma das 10 barragens de alteamento a montante (mesmo tipo das que causaram tragédias em Brumadinho e Mariana) inativas remanescentes da Vale. A estrutura está incluída no programa de descomissionamento anunciado pela mineradora.


Moradores das comunidades próximas à barragem haviam sido retirados do local no começo de fevereiro. Ao todo, 452 pessoas saíram às pressas de suas casas naquela ocasião, durante a madrugada de uma sexta-feira, após o acionamento dos sinais sonoros de emergência. As medidas, segundo a Vale, faziam parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).

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