O tempo não ameniza a dor das famílias de vítimas da tragédia da Vale em Brumadinho. As famílias se reuniram no memorial montado na entrada da cidade nesta segunda-feira, 25, quando completam dois meses do rompimento da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão. Com fotos nas camisetas, as famílias se lembram de entes que ainda estão desaparecidos.
A sabedoria popular diz que o tempo costuma ser o melhor remédio para a saudade, mas, no caso de famílias que têm parentes não encontrados, o passar dos dias sem se ter notícia gera uma angústia sem fim.
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O ato ecumênico conta com a presença de familiares e amigos das vítimas, que se queixam da fala de informação. "Através de nosso sangue que não seja derramado mais sangue pela Vale", afirma Maria Aparecida Almeida Rocha, de 59, mãe de Luciano Rocha, auxiliar técnico de operação desaparecido.
Mãe do mecânico industrial da Vale Tiago Tadeu Nunes Silva, Lúcia Aparecida Mendes Silva cobra pela localização do filho. "Viver sem ele vai ser difícil, mas pelo menos eu vou saber onde ele está. Eu só quero que eles devolvam o corpo do meu filho", afirma.
Já Francisca Lindalva Caetano, mãe do terceirizado da Vale Luís Paulo Caetano, que já foi encontrado e sepultado, pede que as investigações apontem os culpados. "Eu queria Justiça, porque se não vão fazer com outras pessoas o que fizeram com ele", diz. Francisca participou do ato junto a Maria Soares Silva, que é mãe do também terceirizado Francis Erick Soares, ainda não encontrado. Francis e Luís são primos.
Veja relatos de Lúcia Aparecida Mendes Silva e Arnaldo Nunes da Silva, pais de Tiago Tadeu Mendes Silva, ainda não encontrado
Veja o que disseram Francisca Lindalva Caetano, que é mãe do terceirizado da Vale Luís Paulo Caetano, e Maria Soares Silva, que é mãe do também terceirizado Francis Erick Soares, ainda não encontrado. Luís já foi identificado e Francis ainda não