Jornal Estado de Minas

Polícia prende jovem que ameaçou atacar escola da Grande BH


Investigações da Polícia Civil levaram a prisão um jovem de 19 anos que ameaçou fazer um ataque contra estudantes e funcionários de uma escola estadual de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O rapaz, que é ex-aluno da instituição, postou mensagens nas redes sociais apoiando o massacre de Suzano, no interior de São Paulo, – que deixou 10 mortos e feridos – e dizendo para que alunos e servidores do colégio da Grande BH deviam “correr da mira dele”. A fala  foi feita segurando uma réplica de arma de fogo que era apontada para um manequim vestido com uniforme da instituição. O celular do autor e as redes sociais serão periciados.

O vídeo da ameaça foi compartilhado nas redes sociais na última quinta-feira. As mensagens provocaram medo e preocupação de alunos e servidores da instituição de ensino. A diretora acionou a Polícia Civil e disponibilizou as imagens. “Nos apresentou algumas mensagens onde ele praticava ameaça coletiva, apoiando o que aconteceu em Suzano, onde ex-alunos mataram e feriram servidores e alunos, e dizendo que era melhor correr da mira dele.

Ele apontava o que seria uma arma para um manequim que estava uniforme da própria escola”, explicou o delegado Guilherme Saback, responsável pelas investigações.

Diante do temor e da ameaça, investigadores conseguiram localizar o endereço onde o jovem mora. Com um mandado de prisão preventiva em mãos, foram até o imóvel e prenderam o alvo. Segundo o delegado, o pedido de prisão foi devido ao rapaz se encontrar em condição familiar desfavorável. “O pai foi assassinado, o irmão suicidou e mãe já foi presa. Então, ele poderia estar nutrindo de revolta e se apoiando no caso da escola de Suzano para aplicar o ato”, explicou.

Funcionários da escola onde o rapaz estudava contaram à polícia que se comportava mal, não obedecia ordens de professores, não cumpria horários, e nem utilizava uniformes.
“Vizinhos também disseram que sempre era visto com algo na cintura, que não sabem ser é simulacro ou arma de fogo”, disse o delegado.

Na casa dele, foram encontrados simulacros de arma de fogo e o uniforme que aparece no vídeo das ameaças e que cobria um manequim. Levantamentos de dados na Internet e no celular do jovem, que foi apreendido, serão realizados para detectar se ele estava tendo contatos com alguma rede terrorista.

Em depoimento, o rapaz afirmou que se tratava de uma brincadeira. Mesmo assim, ele pode responder por crimes que chegam a ter pena superior a 30 anos de prisão. “A Polícia Civil está atenta e tentando ir além da pessoa em si. Buscamos fechar ligações, acessar os sisetams e tentar localizar nas redes se efetivamente algo está acontecendo. Tentamos identificar os autores para ofertar a Justiça ou até mesmo pleitear a prisão como aconteceu neste caso", disse o delegado.


"É um timo de brincadeira grave. A pessoa responde não só pela ameaça, apologia ao crime, e, no caso dele, se confirmado, a lei especial pune o ato prepatratório do terrorismo. Não apenas praticar o ato, mas a preparação é punida de forma drástica, e a pena é de 30 anos de prisão”, completou Saback..