Jornal Estado de Minas

Outras duas cidades da Grande BH terão simulado de emergência por causa de barragens

 

Famílias de Barão de Cocais, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, participam de um simulado de emergência, na tarde desta segunda-feira, devido ao risco de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco. Mas, não serão apenas os moradores da cidade que irão passar por treinamento. Pessoas que vivem em Igarapé e São Joaquim de Bicas, também na Grande BH, farão exercício semelhante em 30 de março. A Mineração Morro do Ipê, empresa que tem barragens nos dois municípios, afirma que as estruturas são consideradas estáveis e são monitoradas diariamente. “A realização dos simulados é uma obrigação legal e tem por objetivo orientar a população sobre como agir em caso de uma emergência”, afirmou.

As primeiras ações para a realização do simulado já estão sendo realizadas. Placas indicativas de pontos de encontro e das rotas de fugas estão sendo instaladas nos bairros das duas cidades. Também estão sendo entregues materiais com informações para os moradores.
“Órgãos públicos responsáveis por atuar em situações de emergência (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, órgãos ambientais, Cemig e Copasa) também serão treinados na ocasião. Estão previstas ainda a realização de outras três simulações abrangendo as comunidades que precisam ser treinadas”, explicou a empresa.

Devem participar do simulado, moradores dos bairros Aparecida, Candelária, Maracanã e Nova Esperança. De acordo com a Mineração Morro do Ipê, as estruturas nas duas cidades estão sendo monitoradas. “A empresa cumpre todas as exigências da Agência Nacional de Mineração (ANM), realizando diariamente auditorias preventivas e enviando relatórios sobre a situação das barragens. Desde o início de 2018, a Morro do Ipê investe na modernização de tecnologias para substituição do modelo de barragem tradicional”, afirmou.

Segundo a empresa, a sua única barragem em operação, a B1 Auxiliar, será desativada nos próximos meses, “quando começa a funcionar o sistema de tratamento de rejeitos de minério de ferro por meio de um processo de filtragem”.  “Trata-se de uma inovação tecnológica que elimina o uso de barragem de rejeitos e, claro, todos os riscos a ela associados”, finalizou.

.