A dengue segue se espalhando rapidamente por Minas Gerais. Os casos prováveis da doença – que engloba as confirmações e os suspeitos – já superaram 66 mil registros. Para se ter ideia, em 2017 e 2018 juntos foram 55.303 notificações. As mortes também estão aumentando. Já são seis óbitos confirmados. A situação pode ser ainda pior, pois há 27 casos de pacientes que não resistiram aos sintomas que ainda estão sendo investigados.
O alerta já foi feito por autoridades de saúde. Neste três primeiros meses, a dengue mostra a tendência de ano epidêmico. Mas, com menor intensidade do que as últimas epidemias, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG).
O Secretário Adjunto de Estado de Saúde, Bernardo Ramos, afirmou que as piores epidemias ocorrem no intervalo de três anos. As outras três doenças causadas pelo aedes, chikungunya, febre amarela e zika estão seguindo padrões habituais. “Há várias hipóteses sobre esses surtos mais duros, como os fenômenos el niño e la niña, mas nada comprovado”, disse.
As mortes também vêm aumentando. Mais um óbito foi confirmado pela pasta. Os moradores que perderam a vida em decorrência da moléstia são de Arcos, na Região Centro-Oeste de Minas, Betim, na Grande BH, Passos, na Região Sul, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e dois de Unaí, no Noroeste do estado. Ainda há 27 mortes sendo investigadas. No ano passado, foram 11 mortes confirmadas. Outras dez seguem em apuração.
Chikungunya e Zika
Minas já registrou, neste ano, 869 casos prováveis de febre chikungunya. Entre eles, 35 gestantes, sendo três confirmações. Em 2018, foram 11.761 notificações e duas mortes confirmadas. Uma morte ainda está sendo investigada. Não tem registro de óbitos pela enfermidade em 2019.
No caso da zika, foram registrados 262 casos prováveis da doença neste ano. Entre eles, 65 gestantes. Onze gestantes tiveram a confirmação da doença. No ano passado, foram 168 casos prováveis da doença.