A Vale deverá pagar mais de R$ 100 milhões ao estado para ressarcir os gastos públicos com a operação em Brumadinho, na Grande BH, devido ao rompimento da barragem da Mina Córrego do feijão, que completa nesta segunda-feira dois meses. O montante foi acertado em três audiências para acordos parciais e efetivação de medidas emergenciais. A informação foi dada pelo advogado-geral do estado, Sérgio Pessoa, durante coletiva na Cidade Administrativa, na Região Norte de Belo Horizonte, para balanço das ações relativas à tragédia.
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Homenagens aos desaparecidos marcam dois meses da tragédia de BrumadinhoDois meses após tragédia em Brumadinho, Vale tem R$ 16,1 bi bloqueadosBarragem da Vale que se rompeu em Brumadinho era a 3ª em escala de riscoDeputados ameaçam se esforçar para barrar renovação de concessão de ferrovias em MinasInvestigados por tragédia em Brumadinho entregam passaporte Mariana decreta calamidade financeira e suspende serviços da saúdeSem dar mais detalhes, ele citou ainda o comitê que foi criado no âmbito do Executivo para a elaboração do plano de reparação integral socioeconômico e socioambiental e das medidas compensatórias que serão impostas à mineradora. “Ela deve recompor os danos que causou à região, danos esses na qual a empresa tem responsabilidade objetiva na ação”, ressaltou o advogado-geral.
A maior tragédia humana do estado deixou até ontem um saldo de 214 mortos e 91 pessoas desaparecidas. Nas primeiras horas da catástrofe, 192 sobreviventes foram resgatados. De acordo com o delegado-geral Arlen Bahia, da Polícia Civil, 231 segmentos estão no Instituto Médico-Legal (IML) para identificação. O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, destacou a integração entre as forças de segurança e a organização dos trabalhos em campo para se alcançar esses resultados. “Se fizéssemos a movimentação de rejeitos de forma desordenada, levaríamos mais de três anos nas buscas”, ressaltou.