A Vale será indiciada por falsidade ideológica pela Polícia Federal e a Polícia Civil sustenta que há fortes indícios de que a mineradora agiu com dolo eventual, quando mesmo sabendo dos perigos assumiu o risco do resultado no rompimento da Barragem 1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Estado de Minas adiantou essas informações na edição de 19 de março.
Essas informações foram repassadas pelos delegados Luiz Augusto Pessoa Nogueira, da Polícia Federal, e Bruno Tasca Cabral, da Polícia Civil, que participaram nesta segunda-feira da primeira sessão de interrogatórios da Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho criada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo o delegado da Polícia Federal, a investigação da corporação foi desmembrada para investigar, de forma separada, crimes de falsidade ideológica, os crimes ambientais e os mais de 300 homicídios. No caso da falsidade ideológica, o policial explicou que a Vale usou documentos falsos para conseguir a licença necessária ao descomissionamento da Barragem 1.
Luiz Augusto Nogueira também explicou que a consultoria Tüv Süd apontou a necessidade de adequações no reservatório, mas mesmo sem a Vale garantir as obras necessárias a empresa de origem alemã confirmou a estabilidade da barragem. Ainda segundo o delegado da Polícia Federal, na investigação comandada pela PF os funcionários da empresa de consultoria confessaram que foram pressionados para assinar o atestado de estabilidade.
DOLO EVENTUAL Já o delegado Bruno Tasca Cabral, que chefia o Departamento de Investigações de Crimes Contra o Meio Ambiente da Polícia Civil e é responsável pelas investigações da corporação estadual sobre o rompimento da barragem, disse que há fortes indícios de dolo eventual nos crimes praticados pela Vale, quando se sabe dos perigos, mas mesmo assim o risco do resultado é assumido.
Cabral reforçou a tese também defendida pela PF de que a Vale já sabia do risco de rompimento do reservatório, apontado pelo Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM). A empresa já sabia do perigo desde 2017 e tinha conhecimento de que o rompimento poderia afetar entre 120 e 150 pessoas, mas mesmo assim não tomou medidas para evacuar a área.
As investigações das duas corporações seguem com o objetivo de responsabilizar os culpados pela tragédia que já matou 214 pessoas e mantém outras 91 desaparecidas.
Em nota, a Vale informou que "ao contratar uma empresa de auditoria de renome internacional, como a Tüv Süd, que atua em mais de 50 países, a Vale esperava que os auditores dessa empresa tivessem responsabilidade técnica, independência e autonomia na prestação de seus serviços, pois cabe ao auditor o papel de realizar um processo sistemático, documentado e independente para obter todas as evidências possíveis e avaliá-las objetivamente, privilegiando a segurança acima de tudo", segundo posição enviada pela mineradora.
Essas informações foram repassadas pelos delegados Luiz Augusto Pessoa Nogueira, da Polícia Federal, e Bruno Tasca Cabral, da Polícia Civil, que participaram nesta segunda-feira da primeira sessão de interrogatórios da Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem de Brumadinho criada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Segundo o delegado da Polícia Federal, a investigação da corporação foi desmembrada para investigar, de forma separada, crimes de falsidade ideológica, os crimes ambientais e os mais de 300 homicídios. No caso da falsidade ideológica, o policial explicou que a Vale usou documentos falsos para conseguir a licença necessária ao descomissionamento da Barragem 1.
Luiz Augusto Nogueira também explicou que a consultoria Tüv Süd apontou a necessidade de adequações no reservatório, mas mesmo sem a Vale garantir as obras necessárias a empresa de origem alemã confirmou a estabilidade da barragem. Ainda segundo o delegado da Polícia Federal, na investigação comandada pela PF os funcionários da empresa de consultoria confessaram que foram pressionados para assinar o atestado de estabilidade.
DOLO EVENTUAL Já o delegado Bruno Tasca Cabral, que chefia o Departamento de Investigações de Crimes Contra o Meio Ambiente da Polícia Civil e é responsável pelas investigações da corporação estadual sobre o rompimento da barragem, disse que há fortes indícios de dolo eventual nos crimes praticados pela Vale, quando se sabe dos perigos, mas mesmo assim o risco do resultado é assumido.
Cabral reforçou a tese também defendida pela PF de que a Vale já sabia do risco de rompimento do reservatório, apontado pelo Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM). A empresa já sabia do perigo desde 2017 e tinha conhecimento de que o rompimento poderia afetar entre 120 e 150 pessoas, mas mesmo assim não tomou medidas para evacuar a área.
As investigações das duas corporações seguem com o objetivo de responsabilizar os culpados pela tragédia que já matou 214 pessoas e mantém outras 91 desaparecidas.
Em nota, a Vale informou que "ao contratar uma empresa de auditoria de renome internacional, como a Tüv Süd, que atua em mais de 50 países, a Vale esperava que os auditores dessa empresa tivessem responsabilidade técnica, independência e autonomia na prestação de seus serviços, pois cabe ao auditor o papel de realizar um processo sistemático, documentado e independente para obter todas as evidências possíveis e avaliá-las objetivamente, privilegiando a segurança acima de tudo", segundo posição enviada pela mineradora.