Foi condenado a 19 anos e três meses de prisão por feminicídio um morador de Raul Soares, na Zona da Mata, acusado de matar a ex-companheira a facadas em 2017. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Larissa Caitano da Silva, que tinha 21 anos, possuía medidas protetivas contra o representante comercial Cristiano Gualberto da Silva. O julgamento foi realizado na segunda-feira, mas a sentença foi divulgada ontem pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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Segundo o TJMG, o réu chegou a afirmar que amava a ex-companheira assassinada, ao que a juíza, ao final da sessão, respondeu: “Não é assim que se ama. Amar também é renúncia, é permitir que a pessoa amada siga seu rumo se a relação não mais lhe for conveniente”.
Cristiano foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio), já que envolveu violência doméstica e familiar.
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