A campanha de vacinação contra a gripe será antecipada em todo país. Em Minas Gerais não será diferente. As ações terão início em 10 de abril e vão se estender até 31 de maio. Os cuidados contra o vírus Influenza deve ser redobrado. A expectativa é que em 2019 mais pessoas sejam infectadas em todo país. Somente nesses primeiros meses do ano, 187 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo cinco por Influenza, foram registrados no estado. Um deles do tipo B e outros quatro por H1N1.
Uma das formas de se prevenir e/ou atenuar os sintomas é por meio da vacinação. A campanha nacional terá uma novidade. Terá a ampliação da imunização para crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias). Antes, a idade máxima era 5 anos. Somente em Minas,a estimativa é de se vacinar 6.018.977 pessoas.
Além das crianças, devem se vacinar adultos com 60 anos ou mais de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A vacinação terá duas etapas. Entre 10 e 19 de abril, a vacinação contra o Influenza será para crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias e gestantes. De 22 de abril a 31 de maio, será aberta a vacinação de todos os grupos prioritários em todo o país. Também ocorrerá a atualização da Caderneta de Vacinação de crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias e gestantes.
Casos
Os casos de SRAG provocadas por influenza aumentaram 16% em 2018. Foram 348 pessoas diagnosticadas com o vírus, contra 300 em 2017. Em relação as mortes, a situação é ainda pior. O número quase dobrou entre um período e o outro. Foram 98 no ano passado, contra 50 em 2017. A maioria dos casos foi de H1N1, o mesmo que já infectou quatro pessoas neste ano em Minas Gerais.
A transmissão do vírus influenza acontece por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada por meio da tosse, espirro, ou pelas mãos, após contato com superfícies recém-contaminadas. Os casos ocorrem durante todo o ano, mas é mais frequente no outono e no inverno, quando as temperaturas caem. Idosos, crianças, gestantes e pessoas com alguma comorbidade, doença associada, possuem um risco maior de desenvolver complicações.
Proteja-se
Histórico de casos por influenza em MG
Ano casos morte
2009 1270 214
2010 21 4
2011 62 11
2012 283 54
2013 661 148
2014 152 36
2015 89 15
2016 1059 291
2017 300 50
2018 348 98
INFORMAÇÃO SEGURA
Saiba o que é mito e o que verdade sobre a gripe e a vacina contra a doença
MITOS
1. É possível pegar gripe pela vacina?
Não. A vacina contra a gripe é feita com o vírus morto. Portanto, é 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas.
2. Em gestantes, a vacina faz mal para o bebê?
Pelo contrário. É muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebê também fica protegido.
3. A única forma de prevenir a gripe é tomando a vacina?
A vacina contra a gripe é a melhor e mais segura forma de se proteger contra a doença, porém, existem outras medidas importantes que ajudam na prevenção:
VERDADES
1. É preciso tomar a vacina todos os anos?
Sim. Por dois motivos: primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses; segundo, porque a cada ano há vírus diferentes circulando, que causam tipos diversos de gripe. A fórmula é produzida a partir dos que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação.
2. A gripe pode matar?
Se não for tratada a tempo, a gripe pode causar complicações graves e levar à morte, principalmente nos grupos de alto risco, como pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de 5 anos, gestantes e doentes crônicos.
3. Gripe e resfriado são doenças diferentes?
Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não provocar pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo.
Fonte: Ministério da Saúde