Duas pessoa s foram presas pela Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira, suspeitas de fraudar cartões de débito e crédito da Caixa Econômica Federal. De acordo com a PF, eles clonaram cartões de cerca de 400 pessoas e desviaram cerca de R$ 100 mil por meio do esquema fraudulento. Foram presos na ‘Operação Câmera 1” um homem , de 29 anos, em um hotel em Montes Claros, e uma mulher, de 37, no município de Icaraí de Minas; ambas cidades do Norte de Minas Gerais.
De acordo com as investigações, iniciadas há cinco meses, a dupla clonou cartões de clientes da Caixa Econômica Federal em Montes Claros e em outros municípios da região como Bocaiuva, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, São Francisco e Várzea da Palma.
De acordo com o delegado Gilvan Clófilas Garcia de Paula, os fraudadores clonavam cartões sem chip, cuja segurança é menor. As vítima, na grande maioria, foram beneficiários de programas como o Bolsa-Família e sacadores do seguro-desemprego, além de aposentados. No entanto, elas não tiveram perdas financeiras.
“Quando ocorre isso (a clonagem de cartões), as vítimas fazem a contestação (dos saques) junto à Caixa Econômica Federal. Aí, a Caixa abre um procedimento de falha no sistema de segurança e ressarce as pessoas”, disse Gilvan Garcia de Paula. O delegado ainda lembrou que, neste caso, quem fica com o prejuízo é a instituição financeira,que, após identificada a clonagem, aciona a PF para investigar as fraudes e chegar aos autores.
Conforme o delegado da PF, os dois suspeitos adotavam o seguinte modus operandis para clonar os cartões e sacar o dinheiro das vítimas: pela manhã, ainda em horário de pouco movimento, os dois compareciam a uma agência da Caixa e instalavam os dispositivos eletrônicos que captavam dados da tarja magnética dos cartões.
Além disso, eles instalavam uma câmera no caixa eletrônico que filmava as digitações das senhas. A partir daí, os bandidos recolhiam os equipamentos e produziam cartões com os dados e as senhas dos clientes.
O homem preso na operação da PF já foi condenado por clonagem de cartões de crédito no Rio de Janeiro, onde entrou com recorreu à Justiça e aguardava o resultado do recurso em liberdade. Segundo a Polícia Federal, ele responde ainda a um processo por roubo de equipamento bancário em São Paulo.