A Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito para investigar denúncias de abuso sexual contra o terapeuta Tadeu Horta, conhecido como Deva Nishok. Ele é fundador da Comunna Metamorfose, comunidade terapêutica que atende em Itapeva, na Região Sul de Minas Gerais.
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Criador do método de tantra Deva Nishok, Tadeu Horta se dedica à área desde 1996. As atividades consideram cinco níveis, que envolvem, inclusive, estímulos ao clitóris e à próstata. Por meio das massagens, Tadeu Horta afirma que é possível atingir a cura, a descoberta dos prazeres do corpo e o aspecto divino de cada um.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, uma ex-voluntária da Comunna Metamorfose, de 24 anos, acusa Deva Nishok de abusar sexualmente dela em uma consulta. “Ele usava nomenclaturas que eu não entendia e, após algumas explicações, pôs a boca no meu genital”, afirma. A técnica, denominada extrusão clitoriana, só é permitida nas massagens entre casais.
As regras do procedimento também preveem a estimulação física dos genitais, mas não o sexo. Quem conduz o trabalho, por exemplo, não pode ficar nu e precisa usar luvas para garantir a higiene do ato.
“Fiquei incomodada. Perguntei se não tinha outra forma, pedi para ele parar, mas ele disse que não tinha.
Outro lado
Em nota enviada pela Comunna Metamorfose, o advogado de Tadeu Horta, Valmir Moraes, classifica a matéria da Folha de S. Paulo como “tendenciosa e desinformada”. Ele também afirma que Deva Nishok se dedica a 30 anos ao tantra e vai tomar as providências judiciais cabíveis.
Sobre os depoimentos, o advogado sustenta que “deveriam correr em segredo de Justiça” e ressaltou que quem perde com a cobertura é o tantra.
A defesa também informou que Deva Nishok não se dedica a atendimentos há anos, “se limitando apenas aos seus livros e ao papel de facilitador nos workshops livres”.
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