Jornal Estado de Minas

Cabo da PM e mais oito são presos com material de pornografia infantil em MG

A Polícia Civil pode localizar material ilegal mesmo depois de apagado por abusadores - Foto: Márcia Cruz/EM/DA PRESSA Polícia Civil de Minas Gerais prendeu nove pessoas acusadas de armazenar e compartilhar pornografia infantil na internet, dentre eles um cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, de 33 anos. Ele foi detido em casa, em Contagem, quando foi apreendido notebook com material que fere o Estatuto da Criança e do Adolescent (ECA) por expor menores.

A quarta etapa da operação, que teve abrangência nacional, executou mandados de busca em 16 cidades mineiras.  A busca e apreensão ocorreram em seis cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Belo Horizonte, Sabará, Santa Luzia, Mario Campos, Itabirito e Contagem.
 
As prisões em Minas contribuem  no esforço nacional do Ministério da Justiça e Polícia Civil de combate à pornografia infantil na Web. Foram presas 103 pessoas em todo o país.A operação foi conduzida conjuntamente pela Divisão de Crime Cibernético e a Divisão de Proteção à Criança e ao Adolescente da Polícia Civil.
 
Os presos são todos homens, com idades entre 30 a 70 anos, com condições financeiras distintas e também com diferentes estados civis: solteiros, divorciados e até casados. “Não temos um perfil único”, afirmou a delegada Isabella Franco Oliveira. O material apreendido apresenta cenas que envolvem crianças com idades de 5 a 10 anos. Não foram identificadas imagens de sexo forçado com crianças, mas a polícia não descarta uma vez que deverá aprofundar a análise. 

Uma dos indícios de pornografia infantil é o volume do material baixado e compartilhado. De acordo com o delegado Guilherme Santos a quantidade de vídeos encontrada em posse dos acusados afasta a hipótese de que possa ter sido feito um download sem querer.  No computador do cabo da PM havia 5 gigabytes de material pornográfico, um volume grande de dados.
Os mandados de busca, que foram cumpridos por volta das 6h desta quinta (28), foram possíveis a partir de investigações do Laboratório de Investigação do Ministério da Justiça. 

Os abusadores tentam apagar o material para fugir das investigações ou tentar impedir as prisões. No entanto, segundo o delegado Guilherme Santos, é possível identificar todo o tráfego de imagem ilegal na rede. “Mesmo deletando é possível identificar 99.9% dos casos”. O crime de armazenamento de pornografia infantil está prevista no artigo 241 a do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com pena de reclusão de 1 a 4 anos. O compartilhamento está tipificado como crime no artigo 241 b, com pena de 3 a 6 anos de reclusão.


.