Embarcam nesta sexta-feira (29), os 20 bombeiros militares de Minas Gerais que vão trabalhar em Moçambique, na área atingida pelo ciclone Idai. De acordo com a corporação, a equipe tem diversas especialidades, como doutrinas de Salvamento em Soterramentos, Enchentes e Inundações (SSEI), Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC), Operações Aéreas (OA). O fenômeno natural já deixou mais de 700 mortos em todo o continente africano.
Com eles, a corporação vai mandar duas picapes, dois botes, três drones com imageadores térmicos e ferramental específico da atividade, como desencarceradores e expansores hidráulicos. Os bombeiros também levarão toda alimentação e hidratação necessária.
A princípio, os militares ficarão estabelecidos na região das cidades de Beira e Dondo, em Moçambique, locais severamente destruídos pelo ciclone. Os militares foram convocados depois de acionamento do governo federal, com a interlocução do Ministério das Relações Exteriores.
Além das ações de busca e resgate, os militares vão desempenhar atividades de planejamento e inteligência de busca, com o conhecimento aplicado eme mapeamento estratégico, georreferenciamento, busca aérea etc.
O ciclone Idai atingiu, além de Moçambique, o Zimbabué e Malawi. Mais de 2,5 milhões foram diretamente afetadas e as inundações decorrentes do fenômeno atingiram também Madagascar e a África do Sul. Os ventos chegaram a 200 km/h.
Segundo a corporação, os militares devem permanecer, a princípio, por 15 dias na África. Ainda segundo os bombeiros, não haverá prejuízos para a operação em Brumadinho e nas demais atribuições da corporação, como os treinamentos de evacuação. Não há hora definida para a viagem da guarnição.
Cólera
As autoridades de Moçambique disseram, nessa quarta, que há um surto de cólera na cidade de Beira. Cinco casos foram confirmados. Segundo a Direção Nacional de Saúde, as mortes ocorreram no bairro da Munhava, o mais populoso do município localizado na província de Sofala.
O receio é que, após esses casos de cólera confirmados em laboratório, a doença se espalhe. Há 2.700 casos identificados de diarreia na região, mas ainda sob investigação.
As autoridades de Moçambique trabalham também com a possibilidade de outras doenças se alastrarem no país, como tifo e malária.
*Com informações da RTP, emissora pública de televisão de Portugal