Estudantes da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) protestaram, nesta sexta-feira, na porta do campus Praça da Liberdade, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, por conta de um episódio envolvendo uma professora do curso de veterinária e um aluno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que esteve na instituição para divulgar um congresso. Um áudio em que ela critica o jovem e faz um comentário racista sobre a aparência dele se espalhou pelas redes sociais.
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Caíque conta que, depois da passagem pela sala, foi procurado por algumas alunas que ofereceram apoio e disseram que a professora tinha aquele posicionamento. No mesmo dia, o rapaz recebeu o áudio que está sendo divulgado pela internet e que foi gravado após ele deixar a turma. É possível ouvir a docente dizer “Sério, gente? (…) Se soubesse não tinha deixado ele falar uma 'bobajada' dessa”. Ela faz um comentário sobre a ditadura militar, que não fica claro no áudio, e completa. “Vai trabalhar. Tira aquele chinelo e vai ralar. E ainda corta o cabelo e vê se lava, um fedor danado”. O estudante é negro e usa o cabelo no estilo black power.
Rapidamente o áudio se espalhou pelas redes sociais e uma manifestação foi convocada para a manhã desta sexta-feira. “Ela tinha uma prova marcada para aplicar às 7h. Marquei a manifestação para as 8h30, para dar tempo de os alunos fazerem a prova e ela descer, caso quisesse falar alguma coisa, mas ela cancelou a prova”, contou o estudante da UFMG. Segundo os alunos, ela não compareceu à PUC Minas hoje.
Caíque contou que o coordenador do curso esteve na manifestação, disse que reconhece o erro da professora e que a instituição vai fazer o que for possível. “Cobramos da PUC alguma nota ou manifestação de alguma maneira assegurando que medidas serão tomadas”, afirma o jovem.
"Em relação a episódio que teria ocorrido na PUC Minas Praça da Liberdade, em que alunos alegam que uma professora, em sala de aula, teria agredido verbalmente um estudante que se disse ligado a União Nacional dos Estudantes (UNE), informamos que o Colegiado do Curso em questão está apurando os fatos junto aos envolvidos para tomar as devidas providências", informou a universidade por meio de nota enviada no início da tarde desta sexta.
A reportagem também procurou a professora alvo do protesto e aguarda retorno.
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A reportagem também procurou a professora alvo do protesto e aguarda retorno.