Jornal Estado de Minas

Ampliação da oferta enche ruas de Belo Horizonte de patinetes elétricas

Encurta distâncias, alivia o trânsito e ainda promove diversão. Meio de transporte que está quebrando a rotina da capital mineira, as patinetes elétricas vieram para ficar. Eles chegaram a BH em janeiro deste ano, trazidos pela Yellow. Agora, dois meses depois, serviço semelhante passou a ser disponibilizado na capital por meio da Grin. A nova modalidade já ganhou adeptos, que aprovaram a novidade.

A moda das patinetes é recente. Começou no ano passado, no Vale do Silício, na costa da Califórnia (EUA), se espalhou pela Europa e, agora, invadiu o Brasil. Empresas responsáveis pelos sistemas de compartilhamento pegam carona nos problemas de mobilidade das grandes cidades brasileiras. E os modos operantes são fáceis: com o app instalado, o usuário deve criar uma conta e cadastrar um cartão de crédito.
Posteriormente, basta localizar as patinetes disponíveis e fazer o desbloqueio. As patinetes funcionam com bateria. É cobrado o valor de R$ 2,99 para a taxa de validação do cartão, que serão reembolsados automaticamente. O valor do passeio é de R$ 0,50 por minuto, mais R$ 3 para o destrave da máquina.

“As patinetes elétricas da Grin atendem a todos os requisitos previstos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), como buzina, farol noturno, luz indicadora de freio, indicador de velocidade e bateria, freio motor e mecânico. A velocidade máxima permitida é de 20 quilômetros por hora (km/h) nas ciclovias e de 6km/h nas calçadas.

A patinete é uma solução de transporte para curtas distâncias, ideal para fazer a conexão entre a rede de transporte pública e o destino final do usuário, seja indo para o trabalho, seja a volta para casa. “Com a patinete você foge do trânsito, contribui para a redução da poluição e chega mais animado ao seu destino, porque se divertiu, sentiu o vento no rosto e teve uma conexão mais agregadora com a cidade do que fechado em um carro”, disse Marcel Bely, gerente de relações-públicas da Yellow – empresa que começou a operar em janeiro com patinetes elétricas e bikes na capital mineira.

SEM ESTRESSE O bancário Gabriel Pedrosa, de 22 anos, usava a patinete pela terceira vez e falou das vantagens. “Economiza tempo, te poupa do trânsito e ainda desestressa.
É mais caro que o transporte público, mas torna a locomoção um lazer. Muito da hora”, disse. A psicóloga Lilian Krez, de 51, testou ontem pela primeira vez. “Foi superlegal, quero largar meu carro para trás. Estamos muito viciados em carro e é importante ter outras alternativas. Achei muito interessante o respeito dos motoristas e dos pedestres”, afirmou a psicóloga, que precisou abandonar a patinete no meio do caminho por causa de uma forte subida. Ela saiu do Diamond Mall, no Bairro de Lourdes, com a intenção de ir até a Savassi. Entretanto, ao chegar perto da Praça da Liberdade, a patinete não subiu o morro – não se sabe se por conta da bateria ou pela dificuldade no modo operante – e ela terminou o trajeto a pé.

Também há quem utilize a patinete somente para se divertir.
A estudante Cássia Bernardes, de 30, levou o filho Arthur, de 6, para passar a tarde na Praça da Assembleia, no Bairro Santo Agostinho. Como ele ainda é muito pequeno, se ajeitou na frente da mãe enquanto ela pilotava a verdinha. “Usei pela primeira vez ontem, mas já estou viciada. Vou separar um salário mínimo para alugá-las. É uma revolução”, brincou.

As patinetes circulam apenas dentro da Avenida do Contorno, passando pelo Centro e pelos bairros Santa Efigênia (Leste de BH), Savassi, Funcionários e Lourdes (Região Centro-Sul). Mas a intenção é ampliar a área, para atender cada vez mais pessoas. (Com informações de Junia Oliveira)

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