O tatuador suspeito de abusar sexualmente de mulheres em estúdio na Savassi, em Belo Horizonte, foi preso neste domingo na casa de amigos em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH. De acordo com a Policia Militar, a prisão foi cumprida após os policiais cercarem uma casa no Bairro Joana D'arc.
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As histórias vieram à tona depois que a ativista e professora de literatura Duda Salabert, que também foi candidata ao Senado nas últimas eleições, utilizou o Instagram para falar sobre sua preferência em tatuar com profissionais mulheres. Depois da publicação, recebeu diversas mensagens de mulheres relatando casos de abusos, entre eles, os casos da empresa da capital mineira.
O crime é previsto no artigo 215 do Código Penal. Segundo a lei, configura-se crime "ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima." É prevista prisão de dois a seis anos.
Entre as histórias recebidas pela ativista, grande parte relatava um profissional que trabalha no estúdio na Savassi. Os relatos são de casos que ocorrem desde 2012.
Em contato com o Estado de Minas, Salabert comemorou o pedido de prisão do tatuador. “Temos (Duda e as vítimas) um grupo (no WhatsApp) e as vítimas estão muito felizes com esse mandado de prisão. (Elas) estão na esperança de que a Justiça será feita e que vai haver cobrança".
Ainda de acordo com a ativista, a partir de agora a tendência é que o mercado de tatuagem passe a se democratizar.
Relatos
Os abusos relatados pelas vítimas teria acontecido de várias formas. Em uma mensagem compartilhada por Duda, algumas delas deram detalhes. “Foi minha primeira tatuagem. Foi na costela. O cara me deixou deitada com o peito de fora, sendo que era na costela e nem precisava. E com a mão nos genitais dele”, relatou. “A tatuagem era minúscula e ele me fez ficar lá horas”, completou.
Outra mulher afirmou que foi abusada em 2016 no mesmo lugar.
Segundo a corporação, as informações estão sendo mantidas em sigilo para não atrapalhar as investigações. Mulheres que tenham sido vítimas do homem devem procurar a Polícia Civil para realizar o registro.